quinta-feira, 30 de junho de 2011

Novos Vinhos para comemorar os 150 Anos da Unificação da Italia

Veja no link a apresentação dos vinhos comemorativos lançados em ocasião dos 150 anos da Unificação da Italia, os 150 Anni dell'Unitá d'Italia.

ADEGA | Vinho - 30.Jun - Novo vinho celebra 150 anos da unificação italiana

O VINHO BRASILEIRO: FAZENDO BONITO NA VINEXPO. | Blog Enodeco

Como já disse em outras oportunidades, o vinho brasileiro tem qualidade para ocupar com orgulho seu espaço no mundo, importantes países europeus já perceberam isso e estão cada vez mais adquirindo nossos vinhos.
Agora falta apenas o reconhecimento por parte do consumidor daqui, que precisa se informar melhor sobre o trabalho das vinícolas nacionais, seus produtos e a evolução de nossa enologia.
Precisamos nos livrar daquela ideia de que só o que é importado é bom, chega de complexo de vira-lata (Nelson Rodrigues dixit).

O VINHO BRASILEIRO: FAZENDO BONITO NA VINEXPO. | Blog Enodeco

terça-feira, 28 de junho de 2011

ICEWINE 2011 - VINICOLA PERICÓ

Como era fácil de prever, as condições climáticas de frio intenso no Sul do Brasil, além de fazer a alegria dos turistas que viajarão para lá nestas férias, permitiram a vinícola Pericó produzir mais um Icewine, na serra de São Joaquim, em Santa Catarina.
A temperatura de 9ºC. negativos desta manhã, antes do sol nascer, possibilitaram a colheita, que foi realizada  nas condições climáticas ideais para a produção de mais uma safra daquele que é o único vinho do gelo do Brasil.
As uvas utilizadas são da variedade Cabernet Sauvignon, agora passarão por um tratamento especial de fermentação em que a temperatura deverá ser cuidadosamente mantida sob controle, num processo extremamente delicado e lento; todos esses cuidados são determinantes para a grande qualidade do vinho, e justificam seu preço bastante elevado.
Tivemos oportunidade de provar o Icewine da Pericó em degustação em Flores da Cunha, em Maio passado e o parecer sobre a qualidade foi unanime, único detalhes que espero que o enólogo, Jefferson Sancineto Nunes, resolva é a escassa acidez, num vinho dessa importância é um detalhe que pode contribuir em muito na avaliação positiva.

domingo, 26 de junho de 2011

"E por falar em vinhos" (Canal Rural) - 5° episódio

Assista a mais um programa E POR FALAR EM VINHOS,

Vinhos e Mais Vinhos: Vídeo: Programa "E por falar em vinhos" (Canal Rural) - 5° episódio

NOÇÕES BÁSICAS DE VINHO - Harmonização

O perfeito casamento vinho/comida talvez seja o ponto mais controverso nos cursos para sommeliers. A diversidade de vinhos e pratos é muito grande e as combinações possíveis, enormes. Além disso, aos critérios puramente técnicos, devem somar-se as "harmonizações culturais" ligadas à tradição dos grupos humanos, as quais ajudam muito o profissional encarregado da tarefa (embora, às vezes, colidam com as normas técnicas) e o gosto subjetivo, pessoal, de cada um, que não pode ser negligenciado: afinal, o vinho é antes de tudo prazer.

Há também os "casamentos difíceis", em que o obstáculo principal são os ingredientes que freqüentam alguns estilos de cozinha. 

Os pratos orientais (cozinha indiana, chinesa, japonesa, coreana, tailandesa e árabe esta última plena de limão e cebola crua) são de difícil acompanhamento. Pratos em que a presença do vinagre, frutas cítricas, ovos, aspargos, alcachofra e chocolate é marcante, também são um desafio para os vinhos.

Algumas regras gerais devem ser observadas, carne vermelha e caça com vinho tinto; peixes e frutos do mar com brancos, já não pode ser considerada uma harmonização garantida. Caso queiramos fazer a escolha de forma eminentemente técnica, podemos justapor as características organolépticas da comida e da bebida e analisarmos se funciona. Desta forma, a combinação pode ser feita por semelhança ou oposição.


HARMONIZAÇÃO POR SEMELHANÇA 

Vinhos com aromas discretos > comida pouco condimentada
Vinhos com aromas potentes > comida com boa presença aromática
Vinhos jovens e frutados > pratos simples e rústicos
Vinhos velhos e encorpados > pratos refinados
Vinhos leves > pratos com molhos magros
Vinhos mais estruturados > pratos com molhos suculentos



HARMONIZAÇÃO POR OPOSIÇÃO

Deve-se levar em conta os seguintes critérios:

Açúcar atenua a acidez
A acidez atenua a gordura
A suculência atenua o tanino


Exemplo: Queijo Roquefort ou foie gras (comida salgada e gordurosa) > Vinho Sauternes (doce e ácido).

De forma mais empírica, segue uma relação de combinações aconselháveis:


Entradas e saladas
Saladas com vinagre> água
Carpaccio > tinto leve, espumante
Ostras > Chablis, Sancerre, espumante ou outro branco de boa acidez sem estagio em madeira
Salmão defumado > Riesling, Poully Fumé, espumante champenoise ou branco com um pouco mais de estrutura
Salmão fresco > Chardonnay, Riesling, espumante
Presunto e embutidos > Beaujolais, rosé, tinto frizante ou tinto leve com boa acidez
Mortadela > Lambrusco seco, tinto leve
Presunto cru > Jerez fino, tinto médio corpo





Peixes e frutos do mar
Bacalhau > Branco amadeirado ou tinto verde (Portugal)
Lulas > Sauvignon Blanc (e outros brancos secos)
Truta > Brancos secos leves
Peixes leves > Brancos secos leves
Peixes com creme de leite > Brancos secos médios ou encorpados (Chardonnays do Novo Mundo)
Sushi/sashimi > Champagne brut


Aves
Pato > Tinto encorpado
Pato com laranja > Branco aromático
Perdiz recheada > Borgonha tinto
Coq-au-vin > Tinto encorpado (Borgonha tinto, no prato e no copo)

Massas
Pizza e massas com molho > Chianti, tinto leve ou médio vermelho
Massas com frutos do mar > branco suave, ou seco e 
aromático


Carnes
Coelho > Tinto médio
Cordeiro > Bordeaux tinto
Caça > Borgonha tinto
Fondue bourguignone > Tinto médio
Fígado > Tinto leve, jovem (Beaujolais)
Vitela > Branco médio ou tinto leve
Cassoulet > Cahors, Vacqueiras
Porco > Branco suave ou tinto leve
Steak au poivre > Syrah


Queijos
Fondue de queijo > Riesling, branco seco
Roquefort, Stilton, Gorgonzola > Porto ou branco doce
De cabra > Branco seco, Sancerre, Sauvignon Blanc
Camembert, Brie > Merlot


Sobremesas
Chocolate > Banyuls, Porto
Tortas (frutas) > Branco suave
Cheesecake, cremes > Branco doce
Crême brûlée > Sauternes
Nozes > Porto Vintage ou Tauny 


Todas as harmonizações descritas acima devem ser entendidas como indicação em geral, pois para ter sucesso nessa tarefa é necessário saber que tipo de molho acompanha o ingrediente principal, além de considerar a forma de cocção utilizada, para indicar o vinho corretamente. 
Não é a toa que a harmonização é uma das artes mais versáteis e complicadas do serviço do vinho, além de ser responsável pelo sucesso, ou pelo fracasso, da experiencia de tomar determinado vinho, tornando inútil, em caso de exito negativo, todo o trabalho feito por uma vinícola, ou pelo Chef de cozinha, daí a responsabilidade de quem executa essa tarefa de forma profissional.

sábado, 25 de junho de 2011

GARRAFA DE VINHO PORTUGUÊS ATINGE VALOR RECORDE EM LEILÃO

Uma garrafa de vinho do douro, de 18 litros, foi leiloada em Luanda, em Angola, pelo valor recorde de U$ 21.600,00, um preço nunca alcançado por um vinho português.
O leilão aconteceu no restaurante Oon.Dah, de propriedade de Isabel Dos Santos, filha do Presidente da Republica de Angola, mais detalhes vai saber no link abaixo da Vinhocultura.

Agora, duas coisas, o nome do vinho português era ... Benfeito, assim mesmo, coisa mais obvia e direta impossível, isso que é marketing, as favas com Quintas, Chateau, Reservas e frescura do gênero, quer um vinho bom? pois não ... cá está ... é o Benfeito ... coisa de português.

Outra coisa, Angola é o principal destino das exportações vínicas de Portugal, por estranho que pareça; no minimo é de fazer a gente pensar toda vida que ouvimos o comentário que o Brasil é um pais tropical, não tem vocação para o consumo de vinho, o clima não é propicio, e outras considerações do tipo.
O que importa é a que temperatura você esta tomando o vinho, não o ambiente em que você esta.

:: VINHOCULTURA.COM ::

sexta-feira, 24 de junho de 2011

VINICOLAS BRASILEIRAS INVESTEM EM ECOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

Em grande expansão no mundo vitivinícola a tecnologia conhecida como TPC (Thermal Pest Control), que utiliza um jato de ar quente para imunizar os vinhedos, dispensando assim o uso de pesticida e agrotóxicos, está sendo utilizada cada vez mais por vinícolas gauchas.
Além dessa preocupação ecológica, os produtores de vinho do Brasil estão em sintonia com a tendencia mundial de utilizar, cada vez mais, garrafas mais leves para seus vinhos, assim de diminuir o impacto ambiental de uma garrafa de vidro super pesada, tanto na hora de gastar energia para fabricação, bem como na hora de transportar o vinho dentro de um caminhão (ou navio).
Estas e outras novidades e tendencias, você confere no link da IBRAVIN.


Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A História da Carmenére no Chile

Conheça a história da cepa emblemática do Chile, a Carmenére que, até pouco mais de quinze anos atras, ainda era confundida com a Merlot, confira no link.

Vinhos e Mais Vinhos: A incrível história da Carmenère no Chile!

BORDEAUX, CAHORS, MALBEC e ... BARRIQUE PERPETUELLE

Ontem a noite assisti a interessante palestra sobre vinho francês, a organização ficou por conta do pessoal da importadora COMPAGNIE VINS DE FRANCE, de Curitiba, e seu representante na cidade, o evento foi na LIVRARIA CULTURA.
O palestrante, MANUEL BRANDÃO, de português só tem o nome, pois trata-se de um francês de BORDEAUX, extremamente competente no que diz respeito aos vinhos de sua terra natal.
Afirmo isso porque, ao longo de pouco mais de uma hora de palestra, conseguiu dar uma ideia para o publico da complexidade das denominações de origem e classificações de Bordeaux, da historia secular daquela região, sem esquecer de atualizar a plateia sobre outra região, igualmente fascinante, a região de CAHORS que, tenho certeza, poucos enófilos ouviram falar, até hoje.

foto acima: Região de Cahors e Sud-Oeste da França

Bordeaux é uma região produtora de vinho desde ha muitos seculos, e Cahors, ao que parece, ainda é mais antiga, com registros que falam do ano de 92 d.c.!!
Agora uma curiosidade, a origem do nome MALBECCOT em francês, ou AUXERROIS (por conta do apreço que os cidadãos da cidade de Auxerre tinham pelo vinho produzido com esse varietal) remonta ao tempo das caravelas, quando Bordeaux era o porto de onde se exportava o vinho mundo afora. Parece que alguns sommeliers de lá (nada bairristas, obviamente) não apreciavam muito o vinho que vinha da região de Cahors, dai a expressão deles, toda vez que degustavam esses vinhos, era a careta parecida com um "bico feio", Mal-Bec, justamente.
Ao longo da explanação tivemos modo de aprender algumas noções sobre as mais de sessenta classificações de origem dos vinhos de Bordeaux, sua origem, terroir e geografia.

foto acima: Bordeaux e suas denominações.

O conceito mais revelador da palestra, a meu ver, foi sobre a BARRIQUE PERPETUELLE, costume antigo da região de Cahors, tradicional das famílias viticultoras francesa; na pratica uma reserva especial de vinho era guardada em uma barrica de mais de seiscentos litros, onde todo ano parte do conteúdo era engarrafado e o nível da barrica era preenchido com vinho da ultima safra, lembrando um pouco o sistema SOLERA da região de JEREZ DE LA FRONTEIRA, na Espanha.
Este processo era refeito todos os anos durante décadas, daí a expressão "perpetuo"; podemos então imaginar a riqueza sensorial de um vinho produzido nesse molde, amaciado pelos anos de maturação e de grande bouquet.
Ao fim da palestra tivemos modo de degustar um vinho de Barrique Perpetuelle, num blend de 3 safras, 2002, 2004 e 2005, 100% Malbec; achei interessante e muito diferente dos Malbec argentinos nossos de cada dia, vale a pena provar e descobrir as diferenças, com certeza uma experiencia enriquecedora.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Muito além da chardonnay,

Como outras vezes já comentei aqui no blog, é importante que TODOS os enófilos desfrutem da grande variedade que o vinho oferece, sair da mesmice é o maior barato, conhecer novos vinhos, varietais diferentes, descobrir novas regiões, isso dá muita satisfação, não se prive desse prazer, veja as dicas da Prazeres da Mesa no link.

Muito além da chardonnay | Prazeres da Mesa

PORTUGAL WINE EXPERT FORTALEZA ESTAMOS NA SEMIFINAL

Hoje de manha foi divulgado o resultado dos 8 classificados para SEMIFINAL do Concurso PORTUGAL WINE EXPERT, edição de Fortaleza.
Para minha grande satisfação o meu número estava lá, foi o amigo Renato Brasil que me ligou avisando, ele também passou, junto com o outro amigo e colega Carlos Suarez (eu já estava me preparando para curtir com a cara do Argentino, mas ele passou também).
Agora teremos que nos preparar para superar a semifinal; a fase classificatória já foi bastante seletiva, a prova que superamos não foi nem simples, nem teve aquele ar de pro-forma, como as vezes acontece em certos cursos, as resposta exigiam um conhecimento especifico bastante elevado, tanto teórico como pratico.
Agora, no dia 7 de Julho, teremos que enfrentar um grau de seleção mais levado ainda, com degustação as cegas, harmonização e pratica de serviço.
Fico muito satisfeito com a qualificacao e farei o possível para honrar a oportunidade, minha única lamentação diz respeito a escassa afluência de participantes para um evento que e' de grande importância para qualificação profissional, alem de ser oportunidade para testar os próprios conhecimentos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

NOÇÕES BÁSICAS DE VINHO - DEGUSTAÇÃO A Analise Gustativa

EXAME GUSTATIVO




Menos complexo que a sensação do olfato, o gosto está diretamente ligada à língua, que, através das papilas gustativas distribuídas em sua superfície, possibilita que o homem seja capaz de ter 4 tipos de sensações:

·         O salgado
·         O doce
·         O amargo
·         O ácido

Além das sensações ligadas ao sabor, o exame gustativo compreende também as sensações tácteis e térmicas sentidas pela língua e pela boca:

·         Tácteis - fluidez, untuosidade, adstringência ( aspereza), maciez.
·         Térmicas - frio e pseudo-frio ( efervescência), calor e pseudo-calor ( álcool)



A ponta da língua registra as sensações de doçura.
As laterais da lingua identificam a acidez.
A parte posterior da lingua reconhecem o amargor e os taninos.

A AVALIAÇÃO FINAL


A avaliação gustativa deve terminar com uma apreciação do conjunto de todas avaliações analíticas feitas, de forma a termos uma conclusão final globalizante, quando serão considerados 3 aspectos:

·         O equilíbrio
·         A qualidade
·         A persistência

EQUILÍBRIO = ACIDEZ + ÁLCOOL + TANINOS

 


graus de equilíbrio:
desequilibrado
levemente desequilibrado
correto
harmônico
perfeitamente equilibrado




qualidade:
grosseiro
comum
correto
elegante
finíssimo




persistência:
curto
de pouca persistência
de média persistência
de boa persistência
longo





EQUILÍBRIO, PESO E CORPO.
Idealmente, o teor de acidez, álcool, fruta e taninos devem ser balanceados.
Pouca acidez torna um vinho sem graça, e acidez demais torna-o adstringente e agressivo.
O excesso de taninos faz o vinho amargo, mas a quantidade certa de acidez e taninos significa que a fruta é refrescante e que o sabor é prolongado. Esse equilíbrio muda com o tempo.
O peso refere-se ao conteúdo alcoólico, o corpo à combinação de fruta com álcool: como ele se faz sentir na boca. O vinho bem encorpado é alcoólico e frutoso; o vinho leve refresca e tem baixo teor alcoólico.

PERSISTÊNCIA.
Vinhos onde o sabor se prolonga após serem bebidos são chamados de longos, e isso é considerado uma descrição positiva: a intensidade e a persistência do sabor refletem a qualidade de um vinho.
O aroma e sabor que continuam na boca após o vinho ser bebido é chamado de retrogosto: a qualidade e o prazer do retrogosto combinado com a sua duração, é descrito como o final, que pode indicar como um vinho amadurece: um vinho fraco gera um final sem graça.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

OS 100 MELHORES VINHOS DE 2010, Ranking da GULA

Veja o ranking montado pelo time de degustadores da revista GULA, baseado nas degustações feitas por eles no ano de 2010.

Vinhos e Mais Vinhos: 100 rótulos que valem a pena beber: os melhores do ranking da revista Gula!

O POTENCIAL DOS PRODUTOS DO CEARÁ

Interessante debate aconteceu na Livraria Saraiva, ontem a noite, mediado pela jornalista Izakeline Ribeiro, o tema era a busca da identidade da cozinha do Ceará através de seus produtos tipicos, para falar do tema o Chef e pesquisador Fernando Barroso ao lado do colega e companheiro de jornada Elcio Nagano.
Nos contaram sobre as pesquisas na qual estão envolvidos, juntamente com outro Chef, o amigo Bernard Twardy, sobre o aprimoramento dos produtos base da culinária do Ceará, como a Carne de Sol, o Camarão de cativeiro, o Carangueijo Verde, as raças de Caprinos de nosso sertão, os diferentes tipos de Queijo Coalho e mais outros ingredientes, ao total de nove produtos; um trabalho e tanto.
O ponto central da questão é o reconhecimento, por parte dos profissionais do ramo antes de tudo, e da sociedade como um todo, da importância desses produtos em nossa culinária tradicional, a partir daí deve haver uma padronização da produção pensada para a preservação da tipicidade, de forma a conseguir uma iguaria de qualidade internacional, para ser servida e apresentada junto aos turistas que visitam Fortaleza e suas praias ao longo do ano.
O sonho de Fernando e de seus companheiros é que o Ceará consiga destaque nacional pela sua culinária, baseada em ingredientes com procedência reconhecida e desenvolvidos dentro de rígidos padrões de produção, seguindo o que aconteceu em Minas com o café do Cerrado e no Vale dos Vinhedos com a Indicação de Procedência e a iminente Denominação de Origem.
Nesse projeto existem vários setores envolvidos, inclusive Universidades, pesquisadores e Instituições Governamentais.
Agradeço a Izakeline que juntou essa turma para esse interessante debate e, do meu lado, desejo toda sorte aos amigos nessa empreitada.

na foto acima: Izakeline Ribeiro, Fernando Barroso, Elcio Nagano, Marco Ferrari e o ... penetra Gian Paolo Ferrari

Espumantes Brasileiros em Cannes

Presença do espumante brasileiro em Cannes, na França, em ocasião do Festival Internacional de Criatividade, que está acontacendo nessa semana, participação de Casa Valduga, Coop Aurora, Coop Garibaldi, irmãos Basso, Peterlongo, Piagentini Pizzato e Salton.
No link a matéria completa.

Barrica de Carvalho: Destaque para os Espumantes Brasileiros

COLONIA LAS LIEBRES BONARDA 2009

O vinho Colônia las Liebres e' produzido por Altos Las Hormigas, uma vinícola sediada em Mendoza, mas de propriedade de um grupo italiano de profissionais do vinho, um dos quais e' Marc de Grazia, o homem responsável pelo sucesso de pequenos produtores de Barolo que, após serem representados por ele perante o mercado de vinho internacional, passaram a ter seus vinhos comercializados nos mais importantes mercados do mundo.
Este vinho é 100% Bonarda, de Mendoza, fermentado totalmente em cuba de aço inox, em temperatura controlada; não passa por barrica de carvalho.
A maceração foi bastante prolongada, o que conferiu ao vinho uma cor rubi intensa, bastante fechada, típica de vinho novo.
No nariz os aromas primários, que tem origem no varietal, estão exuberantes, inconfundíveis notas de frutas vermelhas super maduras, lembrando cereja ao marasquino, intenso e limpo, muito envolvente.
Na boca os 13,9% de álcool não agridem, graças a ponta de doçura presente no vinho, surpreendentemente, para quem não está acostumado com a Bonarda argentina, esta possui taninos que, embora sedosos, não costumam ser freqüentes na Bonarda italiana, a acidez é baixa.
Um vinho pronto para beber, que ficará bem com carnes vermelhas pouco gordas, queijos pouco salgados e frios curados como copa e presunto de Parma, a baixa acidez desaconselha as massas com molhos de tomates.



O Colonia las Liebres foi adquirido em Fortaleza na Opção Distribuidora (85 3261 3030) por R$ 33,00, excelente relação qualidade / preço.
 
 
 

BONARDA Uma Coadjuvante que virou Estrela

A Bonarda é uma uva muito cultivada na Itália do Norte, nas regiões do Piemonte, Oltrepó Pavese (Lombardia) e Emilia Romagna (vinho Gutturnio, província de Piacenza). Sua utilização de forma geral, sempre foi a de ajudar o produtor a domar a mais temperamental Barbera, uma casta que por natureza se apresenta acida e, às vezes, adstringente, daí a necessidade de complementar o corte com um varietal de característica mais macia que aporta um que de suavidade ao vinho, além de volume, a Bonarda, justamente.
Raramente a Bonarda se apresenta como varietal, nas regiões acima e, quando isso acontece, normalmente se trata de vinhos de perfil comercial, sem grandes atrativas organolépticas, justamente pelo caráter simples da casta que os originou.
Foi quando a Bonarda cruzou o Atlântico, na mala dos incontáveis imigrantes italianos que no século passado emigraram para Argentina, que a sorte começou a mudar, ganhou vastas áreas de plantio e, se a principio recebeu o mesmo tratamento de sempre, após a reviravolta na qualidade dos vinhos argentinos, a partir da década de 90, a Bonarda despertou o interesse de importantes produtores de lá que acreditaram em seu potencial para vinho de qualidade, investiram em seu plantio e hoje estão produzindo os melhores vinhos desta casta que podem ser bebidos.
A Bonarda ganhou tratamento preferencial em vinhedos, sua maturação tardia no clima seco de Mendoza permitiu explorar ao máximo suas qualidades e seu caráter frutado e floral virou marca registrada.

 
 
 

sábado, 18 de junho de 2011

BANQUETES DOS CHEFES

Os chefes Charles Alexandrini (Vila Alexandrini), Eduardo Sisi (Moana), Lucio Figueiredo (Vojnilo), e Marie Ann Bauer, vão preparar um espetacular jantar na próxima Terça Feira 21 de Junho, no reservado do Restaurante Vojnilo, na Varjota.
Na ocasiao será servido um menu degustação daqueles: oito pratos, entre entradas como Ceviche de Atum, Salmão e Haddock com cream cheese ao perfume de morango seguidos por pratos de Lagosta, Ravioli com recheio de nozes, File' de Cordeiro com risoto, sobremesas a base de frutas e muito mais.
Todo o jantar será acompanhado de vinhos variados para harmonizar, ate' a sobremesa contara' com a harmonização adequada (espero), um Late Harvest Sauvignon Blanc, da Vina Errazuriz do Aconcágua; quem sabe o pessoal adquira o habito e o prazer de consumir vinho de sobremesa, grande bebida ate' agora subestimada na terrinha.

PORTUGAL WINE EXPERT em Fortaleza

O curso de especialização em vinho português, PORTUGAL WINE EXPERT,ministrado pelo sommelier (chamado de ESCANCAO na língua lusitana) José Carlos Santanita, aconteceu na semana passada no Hotel Grand Marquise, na Av. Beira Mar de Fortaleza.
O exame conclusivo, para selecionar os 6 semifinalistas, candidatos a uma vaga para estagio em uma vinícola de Portugal e ao prêmio R$ 1.000,00, foi prestado na Sexta Feira de manha. Os presentes foram brindados com muita informação interessante sobre a rica enografia portuguesa, apenas nos cabe lamentar a baixa afluência, das 100 vagas oferecidas, nem a metade foi preenchida, isso para uma cidade a vocação turística, as véspera de receber uma copa do mundo, e' uma noticia preocupante, muito.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PORTUGAL WINE EXPERT em Fortaleza - 3º dia

Terminou há pouco o 3º dia de aula do concurso Portugal Wine Expert, ministrado pelo excelente e competente sommelier português José Carlos Santanita, hoje foi dia de entrar no vivo da coisa, degustação guiada e (tentativa de...) reconhecimento das características que cada varietal passa para o vinho, para isso foram degustados 1 branco e 1 tinto simples, sem passagem por madeira e um honesto espumante rosé método Champenoise.
Ô coisa complicada as castas portuguesas, as italianas já são difíceis e variadas mas as portuguesas....Deus me ajude, é uma tal de Tinta Cão, Tinta Roriz, que é Aragonez, que também é Tempranillo na Espanha, tem a Arinto e a Verdelho, que nada tem a ver com a Verdejo (espanhola) e muito menos com a Verdicchio (italiana), a Cercial da Ilha da Madeira, se for para o continente vira Sercial, e dedica-se a nobre tarefa de  Esgana Cão (que horror).
Tem uma que até muda de sexo! sim senhor, dependendo da região a Maria Gomes vira Fernão Pires, e mais Bagas, Tourigas Nacionais e Importadas (Francesas no caso) e Trajadura.....para cima da gente.
Bom amanhã tem mais e preciso estudar alguma coisa, do contrario em lugar de expert viro cavalgadura, de vez.

terça-feira, 14 de junho de 2011

E por Falar em Vinhos ASSISTA AGORA!!

Assista no link o programa E POR FALAR EM VINHOS, que foi ao ar Domingo, veja a performance dos sommelier meus amigos e colegas da FISAR, Marcelo, Cledi e Junior.

E por Falar em Vinhos - 12/06/2011 - Vídeos - Canal Rural

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CHATEAU DU MUGUET - Bergerac A.O.C.

Outro dia abri um vinho francês de uma região pouco conhecida no Brasil, a região de Bergerac.



Como se pode notar a região de Bergerac fica logo ao leste de Bordeaux e as uvas mais plantadas são as mesmas que se utilizam no vizinho mais nobre. A cidade de Bergerac ficou famosa pela peça de teatro Cyrano de Bergarac, o galanteador de mulheres que tinha vergonha de seu próprio nariz, um tanto quanto grande; é uma cidade bonita de arquitetura medieval, onde fica evidente a importância do vinho na economia local.
Em Bergerac também se faz vinho (em assemblage) com a mítica CÔT, que outra coisa não é senão a Malbec, assim como se chama em seu berço, o Sud-Oeste francês.
Segundo la Guide de Vins de France, a superfície de vinhedos da A.O.C. Bergerac é de 8.000 hectares, produz anualmente em torno de 42 milhões de garrafas, 65% de vinho tinto, 30% de vinho branco e 5% de rosé.


Vamos ao vinho, o Chateau du Muguet, Bergerac A.O.C. da safra de 2005, excelente safra segundo o Guide de Vins de France.

O exame visual revelou de cara uma cor granada intensa, bestante fechada que deixava a impressão que o vinho tinha ainda evolução pela frente, impressão que se desfez assim que levamos ao nariz.

Apareceram logo as frutas vermelhas e pretas típicas do corte bordalês (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot, Merlot), muito maduras, como se convém num vinho que passou bastante tempo em garrafa; minha impressão particular é que a Merlot seja predominante neste corte, pois as notas vegetais eram quase imperceptíveis; bastante nítido, ao contrario o toque aportado pela barrica onde o vinho foi maturado, bem ao estilo francês, uma barrica pouco invasiva, porém determinante para abrir aromas terciários.
Aqui o vinho mostrou algum limite, os aromas terciários, os que compõem o bouquet, estavam pouco nítidos, carecendo de finesse, um pouco rústico, a harmonia ficou um pouco prejudicada, mas até aí tudo bem, era justamente um Bergerac, o primo pobre do interior, está para Bordeaux como o Chico Bento para o Cebolinha, é natural um pouco de rusticidade.
Na boca um vinho franco, taninos firmes (rusticidade, de novo), encorpado e de boa persistência, o retrogosto voltava a trair as origens de quem viveu a nobreza apenas pela proximidade, o vizinho de cerca do castelo do aristocrata.
Gostei do vinho, recomendo pela relação custo-benefício, aqui no Brasil é importado pela Franco - Suissa, tradicional importadora paulista com muita vivencia de mercado, mais de cinquenta anos.

 

Lidio Carraro é o terroir gaúcho sem madeira

Conheça um exemplo de vinho de muita qualidade produzido no Rio Grande do Sul.

Papo de Vinho: Lidio Carraro é o terroir gaúcho sem madeira

Turismo, culinária e biodiversidade

Como vocês podem conferir na matéria do link, o meu amigo Fernando Barroso, bate na tecla da biodiversidade e de sua valorização para alavancar o desenvolvimento turístico de nossa região, de fato um assunto ainda pouco debatido no Nordeste em geral e no Ceará em especial, sobretudo em face da grande riqueza disponível em nossa região.

O que gostaria de saber é se, no contexto da biodiversidade, seria correta a inclusão do ... ser humano, explico melhor.

Hoje de manhã começou em Fortaleza, no Hotel Grand Marquise, um curso de formação em vinhos portugueses, ministrado por um sommelier de Portugal, de curriculum rico e extenso, voltado especificamente para os profissionais do ramo de hotelaria e restaurante.
O curso tem duração de 20 horas/aulas e vai de Segunda Feira até a próxima Sexta Feira 17 de Junho, no período da manhã.
O valor do investimento para participar era de R$ 100,00!!!
Foram disponibilizadas 100 vagas, acabaram se inscrevendo 60 pessoas, das quais umas dez não se apresentaram (eu estava lá e pude conferir pessoalmente).

Diante dessa situação lamentável, em que o interesse do maior beneficiário em aprofundar seu conhecimento em vinho, para traduzir o que aprendeu em progresso dentro da própria profissão, se situa em um patamar de pouco superior ao zero, cabe a pergunta, como vamos chegar ao momento de atender as necessidades dos turistas que procurarão nossa cidade em ocasião dos eventos que estão por vir?
De que maneira vamos resgatar nossa "biodiversidade Humana", de forma que acorde para compreender que o mundo não acaba em Caucaia, que os "gringos" não são galinhas a ser depenadas, mas importante fonte de renda.

Tenho ministrado, nos últimos cinco anos, inúmeros cursos e treinamentos em restaurantes do Ceará todo, e tenho visto muitos "alunos" (pais de família, as vezes com filhos para sustentar) fazer gracinha, dormir ou atrapalhar minhas aulas que nem aluno bobo de colégio, aquele que senta no fundão para poder conversar com os coleguinhas.
Excluindo alguns poucos interessados e atentos "heróis", a maioria não parece estar preocupada com a própria formação, por isso, sugiro que, assim que o debate sobre a biodiversidade a ser resgatada, acabar, tratemos de começar aquele sobre o resgate da biodiversidade humana, antes que as necessidades locais a serem atendidas nos obriguem a uma importação de mão de obra qualificada, pena passar uma certa vergonha perante quem nos visitará.







O POVO Online - Colunas - Gastronomia - Turismo, culinária e biodiversidade

NOÇÕES BÁSICAS DE VINHO - Degustação, a Analise Olfativa




ANALISE OLFATIVA


O exame olfativo é de extrema importância na análise sensorial do vinho. A detecção das qualidades e defeitos do vinho seria impossível sem este exame, realizado graças à grande sensibilidade das mucosas olfativas (escondidas na parte superior da cavidade nasal).
Se as frutas e seus sucos têm seus aromas específicos, bem característicos, o mesmo não acontece com o vinho, pois este não provem em linha direta da planta. Ele passou pela vinificação, e a fermentação alcoólica que experimentou o transformou numa bebida excepcionalmente rica em aromas originais e sutis.
Não se pode esquecer que as sensações olfativas não são fixas e nem duráveis e que o próprio olfato, cuja sensibilidade é decididamente superior àquela do gosto, é descontínuo. Principalmente por este último motivo é que a análise olfativa se torna difícil e requer elevada concentração, além de um ótimo estado de saúde.

As substâncias responsáveis pelos perfumes de um vinho se chamam substâncias voláteis e têm a característica de evaporar quando em soluções líquidas. Elas pertencem a diversas famílias químicas como álcoois, ácidos, etc.

Distinguimos três grupos de perfumes classificados em odores primários, secundários e terciários.





Os primeiros são aqueles oriundos da uva e são ligados às variedades dos vinhedos.

Os segundos são aqueles que têm origem na fermentação alcoólica, tais como perfumes de frutas e flores.


Os terceiros são aqueles que se formam durante a maturação e o envelhecimento dos vinhos e que misturam odores primários e secundários, evocando compostos mais complexos os quais definimos como bouquet.




O exame olfativo ocorre em dois momentos.

No primeiro com o copo parado, inspiramos levemente o vinho. Aí revelam-se as substâncias mais voláteis, que geralmente desaparecem em contato com o ar, podendo também transformar-se por oxidação ou combinação.
Devido ao seu aprisionamento na garrafa, esta fase é bem marcada por odores parasitários, como SO2 e odores residuais da fermentação e aromas mais voláteis (ésteres leves) de frutas e flores.

No segundo momento, depois de rodar o vinho no copo , movimento que permite que se liberem as substâncias voláteis em contato com o ar.
Inspirando-se assim, de forma direta, avalia-se a intensidade e a qualidade do vinho, após imprimir-se o movimento de rotação à taça, o que faz aumentar o contato do vinho com o ar, que vai acelerar o processo de oxidação e a conseqüente liberação dos componentes aromáticos.


O olfato, contudo, intervém também quando o vinho é provado, isto é, quando é levado à boca e bebido, percebendo-se então os seus perfumes por via indireta, ou retro-nasal. Com esta última operação podemos avaliar a persistência ou seja a durabilidade do aroma do vinho na boca.

Um vinho poderá ser, portanto, de boa qualidade quando se apresentar fino e franco, isto é, limpo, líquido, com ausência de odores ruins e defeituosos e será tanto mais interessante quanto mais o seu perfume for complexo, isto é, rico de compostos odores matizados.
Um vinho quanto mais penetrante, quanto mais intenso olfativamente e mais os seus perfumes são contínuos e duráveis, maior é a persistência dos odores.


Para terminar, pode ser feito ainda o exame de " fundo de copo", quando este estiver vazio, que permitirá que se sinta a persistência dos componentes aromáticos livres do suporte do álcool. Desta forma, poderá ser feita de maneira plena a avaliação da bebida quanto à sua qualidade, intensidade e persistência.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Gotas de história, Chateau Lafite-Rothschild

Vejam algumas pinceladas da história de um dos mais famosos, e caros, vinhos do mundo.
Confira no link.

Lafite-Rothschild 2004

No Canadá é regulado o peso máximo das garrafas de vinho.


Sempre na ótica de diminuir o impacto ambiental, a provincia de Ontário, no Canadá, varou uma norma que coloca um teto máximo de 420 gramas de peso para as garrafas de vinho, a medida segue o exemplo de iniciativas parecidas já sancionadas em outros países.
Confira no link.

ADEGA | Vinho - 10.Jun - Com fim ecológico, província do Canadá define peso máximo de garrafas de vinho

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Veuve Clicquot de 1840 vendida em leilão!

Vejam o preço que atingiu a garrafa de Veuve Clicquot mais velha do mundo, vendida em leilão na última Sexta Feira, o comprador ficou obviamente anonimo. Confira no link.

Vinhos e Mais Vinhos: Veuve Clicquot de 1840 é vendida por preço recorde em leilão!

DEGUSTAÇÃO DE NEOZELANDESES COM CARLOS CABRAL

Ontem participei da degustação oferecida pelo Grupo Pão de Açúcar e comandada por Carlos Cabral, adorei a apresentação que ele fez da Nova Zelândia, enquanto ele falava veio a minha mente aquelas pessoas que, após sair de um relacionamento frustrante, prometem para si mesmas que, se casar de novo, vão fazer tudo diferente e priorizar tudo aquilo que consideram mais importante, em vez de se anular e se deixar frustrar pelo outro.
Deve ter sido mais ou menos o que aconteceu com os ingleses ao chegarem nessas terras, em torno de dois seculos atras, quando vislumbraram uma terra grande, livre (a não ser por uns poucos aborígenes, mas para os ingleses isso não deve ter sido exatamente um obstaculo insuperável), onde poder viver ao gosto deles sem ter que frustrar-se numa terra fria, chuvosa e super - populosa como a Inglaterra.
Daí a morar todos em casas com no mínimo 250 mq. de área, cultivar jardim sem que o clima úmido torne isso uma tarefa desgastante e outras amenidades que os ingleses adoram, foi apenas a evolução de um sonho.
E que dizer então de poder plantar uva e fazer vinho, bebida que eles adoram e cultuam como nenhum outro povo no mundo? Esse é o paraíso deles.
E, em reconhecimento a isso, capricharam, no vinho...off course, é dificil encontrar vinhos da Nova Zelandia ruins, é difícil também encontrá-los baratos, infelizmente.
Os dois rótulos oferecido na degustação de ontem eram muito interessantes, produzidos pela Yealand Winery, na região de Marlbourough, mas com rótulo do Club des Sommeliers.
O Sauvignon Blanc era, como sempre, conforme o manual, todas as caracteristicas varietais, desde o aroma de xixi de gato (chamado também de folha de tomate, lembra os aspargos), aos toques de frutas tropicais sutis, muito bom, acido ao ponto certo.
Já o Pinot Noir foi penalizado pelas taças inadequadas, com a boca muito aberta, que deixavam escapar o aroma, de todo modo apresentava um sabor típico, com aroma de boca de frutas vermelhas, morango, cereja e flores, bastante bom, pelo preço.
Em suma dois vinhos de interessante custo-beneficio, mais uma vez os ingleses do hemisferio sul acertaram novamente, inclusive nas garrafas de vidro leve, como manda a nova tendencia ambientalista.    

quarta-feira, 8 de junho de 2011

AVALIAÇÃO NACIONAL DE VINHOS DO BRASIL

As vinícolas brasileira tem tempo até 22 de Junho para inscrever as amostras que participarão da 19ª Avaliação Nacional de Vinhos da safra 2011, evento que acontece desde 1993 e que tem sido referencia para o nível de qualidade como um todo, além de contribuir para a evolução do setor, evolução que, por sinal, foi muito grande nos últimos anos, a ponto de despertar o interesse de vários especialistas estrangeiros.

Enoleigos: Como estão os vinhos nacionais de 2011?

Vilmar Bettú – A lenda viva do vinho brasileiro

Gostaria de dedicar a matéria do link abaixo a todas as pessoas que pouco conhecem o vinho brasileiro e seus produtores, para os que pensam que tudo possa se reduzir a Miolo, Salton, Chandon ou Valduga, vejam o quanto é variado o universo enologico do Brasil, conheçam um protagonista muito diferente, o Vilmar Bettú, da Serra Gaúcha.

Vilmar Bettú – A lenda viva do vinho brasileiro | Vinhos de Corte

Vinhos da Nova Zelândia em Fortaleza

Sabores da Cidade: Vinhos da Nova Zelândia

O consultor de vinhos Carlos Cabral, vai apresentar os vinhos da Nova Zelândia importados pelo Pao de Açúcar, hoje as 19:00 horas no Grand Marquise Hotel, evento para convidados, muito interessante para conhecer vinhos que não se encontram facilmente por aqui, vejam no link do Sabores da Cidade da Izakeline Ribeiro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

UM ESPAÇO EXCLUSIVO DEDICADO AO VINHO BRASILEIRO!

Finalmente!
Adorei a iniciativa do Enodeco, lembramos que os produtores brasileiros tiveram que descobrirem sozinhos o caminho das pedras da qualidade do vinho.
Aqui no Brasil não aconteceu o fenômeno que aconteceu em Chile e Argentina, que tiveram seu vinhedo e terroir cobiçados por importantes vinícolas européias e americanas (Mondavi, Lafite e Mouton Rothschild, só para citar os mais conhecidos), os quais levaram conhecimento e investimento pesados na modernização e na qualidade do vinho desses países.
No Brasil foi preciso aprender na marra, por isso temos a OBRIGAÇÃO de reconhecer e incentivar o crescimento da vitivinicultura brasileira, ao passo que estamos cientes que muito caminho ainda falta percorrer.

Blog Enodeco » NOVIDADE NO ENODÉCO: UM ESPAÇO EXCLUSIVO DEDICADO AO VINHO BRASILEIRO!

Classificação do Vinho Brasileiro

Uma classificação simplificada para entender melhor e não fazer confusão na hora de ler os rótulos dos vinhos brasileiros.

Classificação do Vinho Brasileiro : Vivendo a Vida

TILIA CABERNET SAUVIGNON 2009



Domingo abri uma garrafa de Tilia Cabernet Sauvignon 2009, um vinho produzido em Mendoza, sob os cuidados de Laura Catena, filha do famoso Nicolas Catena e produtora de alguns ícones da enologia argentina, como os Luca, Beso de Dante e La Posta.
As uvas são colhidas a partir de vinhedo de cultivo orgânico e sustentável, conforme declara o importador, a Vinci de São Paulo, em seu site.
Assim que coloquei o vinho na taça fiquei surpreso pela cor rubi com reflexos tendentes ao violáceo, não o violáceo do Malbec, mais parecido com a cor do Merlot, embora muito intenso, para mim sinal de vinho que pode ganhar com algum tempo de guarda.
No nariz a impressão de vinho novo se manteve, as frutas maduras muito exuberantes, o toque da madeira nítido, esse vinho possui um aroma muito intenso, fruto de maceração prolongada e de uvas muito maduras, segundo a escola típica do novo mundo; muito bom, embora o bouquet poderá melhorar em harmonia e fineza.
Na boca os taninos da cabernet sauvignon se fazem presentes, porém nunca de forma agressiva, eles nos transmitem a impressão de um vinho importante, de baixa acidez, encorpado, longo e de excelente aroma de boca.
O teor alcoólico do vinho é elevado, 13,8%, mas equilibrado no conjunto, a Vinci aconselha a tomá-lo a 16ºC ou 18ºC, eu acho mais interessante a 18ºC, os taninos ficam mais macios.
Segundo consta o Tilia Cabernet Sauvignon recebeu 91 pontos da revista Wine & Spirits, francamente acho uma pontuação um pouco elevada, mas, se a gente considera que este vinho custa entorno de R$ 40,00 em loja de varejo especializada, bem meus amigos, a relação qualidade - preço é muito boa.
Tomamos este vinho em companhia de uma maminha na chapa que era uma delícia.

Curso Portugal Wine Expert em Fortaleza

Confiram a interessante notícia no blog da Izakeline, sobre esse curso específico de Portugal, a boa é o preço, vejam no link.

http://saboresdacidade.blogspot.com/2011/06/portugal-wine-expert.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O que esperar da Safra 2011 no hemisfério sul

Veja as perspectivas para a safra de 2011 no hemisfério sul, só faltou o Brasil, mas aí nos sabemos que 2011 foi muito boa no Rio Grande do Sul, com poucas chuvas e excelentes resultados pelas uvas tintas, boa para brancas e base espumante.
Espera-se muito desses vinhos no Brasil.

O que esperar da Safra 2011 no hemisfério sul | Bela Cepa

Preço e rótulo do vinho podem enganar sommeliers, dizem estudos

A noticia abaixo é um pouco perturbadora, porque se é verdade que somos influenciados pelos nomes e pela fama dos produtores e de seus vinhos, por outro lado não podemos esquecer que os vinhos realmente grandes, o são de verdade.
Explico melhor, as características organolepticas de um 1er Grand Cru Classé, ou de um Barolo de Angelo Gaja (ou outro grande da região que se prefira), não são facilmente confundidas com um Bordeaux AOC genérico, ou com um Nebbiolo simples, muito menos um vinho tinto qualquer.
O controle de qualidade quase maniacal no vinhedo, o cuidado na vinificação, a escolha das barricas selecionadas, geralmente encomendadas com aquelas características especificas, junto ao produtor, tanto que é comum, enquanto se conversa com os produtores em suas cantinas em Langhe, receber a visita dos representantes dos produtores de barricas francesas, oferecendo seus produtos, sempre feitos a partir das exigências do enólogo, sob medida para aquele vinho, sim senhor, que nem alfaiate que talha as roupas encima do cliente.
Bom, sabendo disso, se a gente faz uma degustação as cegas, para não ser influenciado por nenhum fator além das qualidades do vinho, e o resultado for igual ao que diz o estudo, senhores mil desculpas mas é bom começar a pensar se estamos no ramo de atividade certo.
Repito, não se trata de diferenciar um Barolo de um Barbaresco, tarefa muito difícil, mas um grande vinho de um vinho produzido seguindo as exigências mínimas para ostentar uma DOC genérica, e isso uma pessoa que se considere profissional precisa saber fazer, nem que seja de forma aproximada, do contrario é preferível que estude mais a matéria, ou então deguste com mais atenção.


Folha.com - Comida - Preço e rótulo do vinho podem enganar sommeliers, dizem estudos - 27/05/2011

A lista das 50 pessoas mais influentes no mundo do vinho : Vivendo a Vida

Veja a lista dos mais influentes, quem sabe um dia chegamos lá.

A lista das 50 pessoas mais influentes no mundo do vinho : Vivendo a Vida

domingo, 5 de junho de 2011

Vinho e Saúde

Veja no link abaixo o porque do vinho ser presença indispensável na mesa de quem gosta de cuidar da saúde.
Não apenas o vinho tinto faz bem para o coração, mas ajuda de forma eficaz o nosso organismo a combater uma série de outros problemas, daí o vinho ser o mais importante complemento alimentar em nossa mesa, todo os dias, de forma moderada.

Vinho e Saúde - 1º Artigo

O Paladar e o Crítico

Recomendo vivamente o post do link abaixo, alias, o conteúdo em geral do blog do Ulf Karlholm é espetacular, para quem gosta de analisar o vinho de forma técnica, de profissional.
Nesse post o tema abordado diz respeito as características e gostos individuais que influem na harmonização vinho comida, segundo o trabalho de Tim Hanni, Master of Wine americano, que vai além das regras clássica de harmonização, vale a pena ler o post completo.

Bio vinho: O paladar e o crítico

NOÇÕES BÁSICAS DE VINHO - Degustação, a Análise Visual.




A DEGUSTAÇÃO


Degustar um vinho não é nada mais do que analisar, de forma atenta, o que se sorve, de modo a interpretar as sensações que este vinho provoca nos órgãos dos sentidos. A degustação tem como objetivo revelar as características (qualidades e defeitos) de um dado vinho, possibilitando ao degustador fazer uma análise comparativa entre vários vinhos.
O vinho deve ser analisado em três fases: visual, olfativa e gustativa.

O EXAME VISUAL




A análise visual é a primeira das três fases da degustação de um vinho. É tão importante ao ponto que dela pode depender a decisão de efetivamente se proceder à degustação ou não de um vinho. A rigor um vinho turvo, com sedimentos em suspensão e uma cor pouco viva indica defeitos e até doenças. Os olhos nos podem transmitir informações precisas sobre o estado de saúde, de conservação, a estrutura e a tipologia de um vinho. Quatro aspectos precisam ser levados em consideração no exame visual: a limpidez, a cor, a viscosidade e a efervescência, no caso dos frisantes e espumantes.
O exame visual é o primeiro da série, e nele vamos avaliar os seguintes critérios:

LIMPIDEZ E TRANSPARÊNCIA. Considera-se um vinho límpido quando não apresenta partículas em suspensão que o turvem. Para tanto, deve-se levar a taça à altura dos olhos e observá-la contra uma fonte luminosa.
Deve-se ter o cuidado de não confundir o vinho turvo com o vinho com depósito (geralmente o vinho mais velho), que não tenha sido submetido ao processo de filtragem. Para tanto, deve-se colocar a garrafa de pé, em lugar fresco, por algumas horas, de tal forma que os sedimentos não filtrados se depositem no fundo da garrafa. Procede-se então à decantação do vinho, quando será apreciado e julgado de forma correta. Já a turbidez é um defeito e denota falta de sanidade do produto.
Para se julgar a transparência, a taça deve ser inclinada diante de uma superfície  branca. Ele será julgado transparente se algum objeto ou escrita colocado contra esse fundo puder ser percebido com nitidez.

INTENSIDADE. A intensidade da cor é decorrente da presença de matéria corante encontrada na película da uva. A polpa da uva, em alguns casos, também contribui para realçar a intensidade, que deve ser considerada uma qualidade do vinho. Cada casta de uva tem o seu padrão de intensidade de cor, e o vinho em questão deve ser apreciado segundo esse critério. De modo geral, reflexos dourados em vinhos brancos e atijolados em tintos devem ser entendidos com sinais de oxidação.

NUANCE. Nesse ponto, coloca-se em questão o grau de envelhecimento do vinho. Nos vinhos tintos, quando observados com a taça inclinada sobre o fundo branco, a cor nitidamente púrpura denota um vinho novo, juvenil. Já a nuance alaranjada ou castanha nas bordas do vinho indicam envelhecimento.
Ao contrário dos brancos os tintos clareiam com o tempo. Quanto mais marrom e pálido for a margem, incline-se o copo na direção oposta a você, mais maduro é o vinho.

- Regiões quentes produzem vinhos mais escuros e vinhos embarricados em carvalho perdem mais cor do que os envelhecidos em garrafas.

- Um vinho jovem terá mais brilho do que um vinho com mais idade. Procure analisar o vinho sob luz natural as luzes artificiais afetam a sua cor.

Nos brancos, a cores mais pálidas e vivazes apontam para vinhos marcados pelo frescor, juventude, feitos a partir de uvas colhidas pouco antes de sua maturação plena. A cor dourada está associada aos vinhos feitos com uvas de colheita mais tardia, além dos vinhos licorosos ou doces.


LÁGRIMAS. Para que julguemos as lágrimas de um vinho devemos imprimir movimentos circulares à taça, de modo a que haja uma aderência do líquido nas paredes da mesma. O vinho, então, escorrerá em forma de lágrimas pelas paredes da taça. Quanto mais "preguiçosas" forem as lágrimas, maior o teor alcoólico e o corpo do vinho. O contrário, a maior fluidez, indicará um vinho mais leve e magro. O fenômeno se explica pela maior tensão superficial do álcool em relação à água. Os portugueses chamam as lágrimas de pernas.



EFERVESCÊNCIA. Provocada pelo anidro carbônico dissolvido no vinho, é um dos atributos mais importantes na avaliação do Champagne e outros espumantes. A quantidade das bolinhas (pérlage), seu tamanho e sua persistência devem ser apreciados. Quanto mais numerosas, menores e mais persistentes as bolinhas, melhor o espumante. Alguns vinhos brancos tranqüilos (não espumantes) podem apresentar uma certa efervescência. No caso, não se trata de defeito, mas uma indicação de que havia ainda algum açúcar no vinho quando foi engarrafado, tendo havido fermentação na garrafa quando de seu contato com leveduras.

EXAME VISUAL 
Cor
vinho
Variação
descrição
Branco
Incolor
Com pouca ou nenhuma cor, similar à água.

Verdoso
Amarelo-claro com reflexos verdes.

Palha
Amarelo-claro com reflexos palha.

Amarelo
Amarelo definido, sem reflexos.

Amarelo-ouro
Amarelo mais intenso.

Âmbar
Amarelo-escuro, similar ao âmbar.

Pardo
Amarelo-escuro, com reflexos marrons.
Rosado
Claro
Incolor, com reflexos rosa ou violeta.

Rosa-claro
Similar à flor em tonalidade mais clara.

Laranja
Similar à fruta, mais intenso que o anterior.
Tinto
Púrpura
Característica de vinho jovem.

Violáceo
Vermelho tendente ao violeta.

Retinto
Púrpura ou violáceo mais escuro.

Rubi
Semelhante à pedra.

Romã
Similar à fruta. Mais amadurecido.

Alaranjado
Muito amadurecido.

TRANSPARÊNCIA

Tipo
descrição
Brilhante
Ótima transparência, com a superfície refletindo muita luz.
Límpido
Boa transparência, com a superfície refletindo pouca luz.
Velado
Transparência regular, sem brilho na superfície.
Opaco
Leve turbidez.
Turvo
Grande turbidez.