sábado, 28 de janeiro de 2012

A CONFUSÃO FISCAL NO BRASIL, O VINHO E QUEM PAGA A CONTA

Enquanto persistir a situação fiscal relatada neste post (situação que nao diz respeito apenas ao vinho), dificilmente o Brasil poderá consolidar o proprio crescimento e sair do clima de dependencia e vulnerabilidade internacional ao qual estamos acostumados. 
Muitos progressos foram alcançados nos ultimos anos, mas a situação tributaria em que versa o país, caotica e predatoria, onde o contribuinte é visto antes como uma "laranja" da qual tirar quanto sumo possível em lugar de ser considerado um "cliente" a ser zelado e mantido em boa saude financeira, para que possa continuar contribuindo, é razão de vergonha e deveria ser tratada de forma prioritaria, por esse ou qualquer governo que resolvesse observar as lindas palavras orgulhosamente estampadas na bandeira nacional...Ordem e Progresso...

Em reunião oficial do IBRAVIN, o Presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Fante, que encerra esse ano o período a frente da entidade, discursou sobre o confusão fiscal que reina entre os Estados brasileiros... “O Brasil é um dos países que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas, no vinho, esse problema é ainda mais grave”, disse em Bento Gonçalves (RS). “Todos concordam que vinho é alimento, reconhecido com um complemento alimentar saudável para as pessoas, porém, ele é tributado no Brasil como um produto supérfluo”, afirmou. 

Fante apresentou, pela primeira vez, as conclusões do Projeto de Planejamento Tributário e Promoção da Competitividade do Setor Vitivinícola, implementado por meio de um Grupo de Trabalho, criado em 26 de agosto de 2010. A primeira ação concreta foi a contratação da Maja Consultoria, que realizou um amplo levantamento e análise de informações relativas ao ICMS e incentivos fiscais do vinho e seus derivados em nove estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco, Minas Gerais e Goiás). 

“A partir destes resultados preliminares, finalmente temos a certeza de que os vinhos importados pagam menos tributos do que os vinhos brasileiros”, relatou Fante. “Muitos estados são usados para importação com menor carga tributária. Ouvimos muito que os vinhos brasileiros são mais caros. Pela carga tributária que pagamos e pela falta de incentivos fiscais, fica difícil ter preços melhores”.

Incentivos aos importados
As práticas tributárias encontradas pelo Brasil são as mais variadas, conforme o estudo. Há incentivos de todos os tipos para produção, comercialização e importação de vinhos. “Os estados competem entre si para tirar vantagens, em uma disputa caça-níquel, que gera uma concorrência desleal no setor”, lamentou Fante. Em relação ao ICMS, o tributo mais pesado que recai sobre o vinho, a cobrança vai de 17% no Rio Grande do Sul até 30% no Amazonas. “Afora os incentivos aos importadores dados por alguns estados”, completou. 

A pesquisa mostrou que vários estados dispensam um tratamento diferenciado ao vinho importado, cobrando menos impostos destes que dos vinhos nacionais. Em algumas situações, inclusive, há incentivos fiscais para isso, ou seja, ao ser importado por aquele estado o vinho importado ganha créditos de ICMS: ele entra sem pagar nada de ICMS e sai com crédito presumido para os outros estados. Dois estados que fazem isso são Santa Catarina e Espírito Santo.

Santa Catarina, o segundo maior estado produtor de vinhos do Brasil, é um dos casos mais sérios. Enquanto incentiva a produção de vinhos no estado, cobrando 3% de ICMS da produção local, o governo catarinense isenta os importadores de vinhos na nacionalização dos produtos (0% de ICMS). O governo catarinense ainda cobra apenas 4% de ICMS para o produto sair do estado ou ser consumido no próprio estado e concede 12% de crédito presumido nas vendas interestaduais. “O importador já sai ganhando 8% com esta operação ante os produtores brasileiros”, disse Fante. 

O Espírito Santo faz ainda pior. Além de não incentivar a produção nacional, faz a mesma operação de Santa Catarina (cobra 0% de ICMS na nacionalização e dá 12% de crédito presumido nas vendas interestaduais), só que cobra tão somente 1% de ICMS para o produto sair do estado. “Assim o vinho importado tem vantagem de 11% em relação ao nacional, que paga as alíquotas integralmente”. 

Não por acaso, sozinhos, Santa Catarina e Espírito Santo são a porta de entrada de aproximadamente 40% dos vinhos estrangeiros importados pelo Brasil. Junto com o Paraná, que recebe em torno de 15% dos vinhos estrangeiros, mais da metade dos vinhos importados entram apenas por três estados, que não estão entre os mais populosos do país. São Paulo, o maior estado brasileiro, recebe cerca de 25% dos vinhos importados no País, sem dar incentivo algum. 

O recente cancelamento parcial dos incentivos aos vinhos importados no Paraná é um dos resultados do Projeto de Planejamento Tributário e Promoção da Competitividade do Setor Vitivinícola realizado pelo Ibravin. Em parceria com os produtores paranaenses, o setor conseguiu que o Paraná retirasse em parte o incentivo fiscal que concedia para os vinhos importados que eram internalizados em seu território.

Outra ação que obteve êxito foi a diminuição do ICMS na Bahia, que cobrava 12% dos importados e 25% dos vinhos brasileiros. “O governo reconheceu que era uma injustiça e reduziu o ICMS dos vinhos brasileiros para os mesmos 12% dos importados”, ressalta Fante. Para se ter uma ideia do resultado desta isonomia de condições entre vinhos estrangeiros e brasileiros, o preço final dos vinhos nacionais na Bahia caiu 25%”, revelou Fante.

Outros problemas
Neste levantamento realizado também se verificou que muitos estados, especialmente do Nordeste, impuseram por meio do Protocolo 21 uma cobrança antecipada de ICMS na entrada do produto nos estados, o que onerou muito os produtores que enviavam vinhos para estes estados. Neste caso, com os dados do estudo e juntamente com profissionais do direito, foi elaborada uma estratégia consistente na impetração de mandados de segurança coletivos em nome das associações e sindicatos (AGAVI, FECOVINHO, UVIBRA, SINDIVINHO-RS), para que todos os seus associados fossem liberados de pagar este ICMS prévio. “Hoje já temos diversas liminares concedidas e muitas em fase de análise, sendo que foi por meio desta ação que o governo da Bahia aceitou sentar para negociar com o setor vitivinícola nacional”, informou Fante.

Os próximos passos do Grupo de Trabalho irão detalhar a cobrança de ICMS nos demais estados da federação. Depois, serão analisados os tributos federais, com o objetivo de verificar, por exemplo, se produtos concorrentes do vinho têm algum incentivo fiscal federal ou se há possibilidades de se negociar a redução da carga tributária dos vinhos e seus derivados brasileiros. “Certamente são dados importantes, que o setor não tinha acesso com tanto detalhamento e grau de compreensão. O estudo feito ainda demonstrou as alíquotas, os incentivos fiscais diretos e outros subterfúgios que os estados utilizam para promover seus produtos ou, em sua grande maioria, a importação de vinhos, que vão desde questões burocráticas até supostos programas de competitividade”, avaliou Fante.

Também participaram da coletiva o novo presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle Molle, e seu vice, Eduardo Piaia, além do vice-presidente Denis Debiasi, que se despediu da função junto com Fante.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA IBRAVIN
OAJ Comunicação & Marketing
>>>Orestes de Andrade Jr. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DEGUSTAÇÃO DE BORDEAUX NA ABS - CEARÁ

Na próxima semana, mais precisamente na Terça Feira 31 de Janeiro, a ABS - CE ( Associação Brasileira de Sommelier - regional Ceará), dará inicio às suas atividades, a diretoria composta pelo presidente Paulo Marcelo Accioly, pelo vice Marcus Vale e pelos diretores Paulo Elias, Carlos Suarez, Renato Brasil, Alessandro Arruda e Selmo Coelho, resolveu começar em grande estilo, apresentando a região mais carismatica do mundo em fato de vinho, nada menos que Bordeaux, vejam abaixo a mensagem do amigo Paulo Accioly.
Caros Amigos,  
Dando início às atividades da ABS CE em 2012, é com grande satisfação que os convidamos para a primeira degustação do ano. Abordaremos os vinhos de Bordeaux, a maior região produtora de vinhos finos do mundo.  A mais conhecida e prestigiada região vinícola francesa, há séculos é famosa mundo afora por sua notável versatilidade, produzindo tintos, brancos secos e doces de altíssima qualidade.
Faremos um tour didático e ilustrativo sobre a região, enfatizando a tipicidade de seus vinhos.
Inicialmente o Dr. Alessandro Arruda, Diretor Técnico da ABS CE, nos brindará com uma breve preleção sobre as principais características da região e de seus vinhos. Em seguida, revisaremos rapidamente os passos fundamentais da análise sensorial de um vinho para uma  degustação adequada, para então iniciarmos a prova guiada de quatro vinhos emblemáticos de Bordeaux:
Bordeaux Réserve Spéciale Blanc 2009 (Domaines Barons de Rothschild)
Clos Brun Mazeyres, Pomerol AOC, 2005
Domaine Zédé, Margaux AOC, 2005
Chateau Haut-Bergeron, Sauternes AOC, 2005
O evento será no Empório Delitalia, eu não vou deixar de prticipar, pois além de ser um grande apreciador dos vinhos de Bordeaux, faço parte do Conselho Fiscal da ABS - CE, cargo que me traz a onerosa incumbencia de prestigiar esse tipo de evento, depois conto como foi em próximo post. 

DEGUSTAÇÃO DE ESPUMANTES - RESTAURANTE SAH, parte 2

Conforme tínhamos prometido, vamos continuar com o relato da degustação que envolveu alguns dos espumantes mais consumidos em Fortaleza, preciso salientar que a intenção dessa degustação não foi de avaliar qual o melhor ou o pior, o objetivo, claramente comercial, foi de estabelecer a adequada relação custo - beneficio de cada um dos espumantes envolvidos, saber, enfim, se o preço cobrado bate de fato com a qualidade apresentada pelo vinho.
Por se tratar de um assunto comercial, essas conclusões não serão debatidas aqui, o blog VINHOFORTALEZA é um espaço CULTURAL, aqui não se objetiva vender nem privilegiar nenhum vinho / produtor / importador; portanto apenas relataremos as impressões organolépticas que esse que escreve percebeu.

Prosseguindo já com rótulos mais caros encontramos:
TARAPACÁ BRUT: Chilena, método Charmat, este espumante leva em sua composição 20% de Sauvignon Blanc, e deu para perceber, o perlage é em linha com os demais Charmat, não entusiasma, mas também não apresenta defeitos, o aroma predominante é o da Sauvignon Blanc que se sobressai às demais variedades (Chardonnay e Pinot Noir), um tanto fora dos padrões para um espumante; o xixi de gato (alguns preferem comparar o aroma típico da Sauvignon Blanc ao aroma de folha de tomate ou de arruda) e' extremamente marcante, aquele herbáceo típico da Sauvignon Blanc, misturado a claras notas de maracujá, quando passa a surpresa inicial, se tornam agradáveis e intensos; na boca se apresenta seco, de corpo médio e boa persistência, boa acidez refrescante.

CHANDON RESERVE BRUT: Serra Gaúcha, Charmat, perlage fino e mediamente persistente, nariz não muito nítido, apresentando características notas frutadas e florais com leve toque de pedra de isqueiro a denunciar a presença de Riesling Italico, um vinho de nao muita intensidade olfativa, na boca acidez correta e refrescante, bom corpo e final persistente, um Charmat feito como prescreve o manual de instruções da multinacional francesa, obviamente bem feito.

- MIOLO BRUT: Serra Gaúcha, Champenoise, novamente um perlage diferenciado, fino, persistente e que "agarra" bem na borda e no fundo da taça e fica soltando com continuidade, no nariz boa presença frutada, cítrica e floral, toques de frutas secas e brioche, não muito acida na boca, de bom corpo, final persistente e agradável.

CASA VALDUGA PREMIUM BRUT, Serra Gaúcha, Champenoise, infelizmente este espumante estava com sintomas de oxidação e, portanto, foi retirado da degustação, apesar de não apresentar nenhum amargor e nem defeitos graves, mostrou, isso sim, uma riqueza olfativa muito interessante, de frutas secas, amêndoas e nozes, brioche acentuado e muita complexidade. Foi desclassificado, por não estar em conformidade com os padrões da degustação, que visava comparar os espumantes consumidos normalmente e não avaliar as características evolutiva do vinho.

Nesta bateria registramos a inusualidade do Tarapacá Brut que, com o aroma peculiar, gerou certa surpresa, em positivo; pudemos comprovar a boa qualidade e a confiabilidade do Miolo Brut e para concluir devo confessar que esperava um pouco mais do Chandon Reserve Brut, o qual mostrou ser um Charmat feito muito corretamente, mas de pouca personalidade, um tanto quanto "comum".


Na ultima bateria apenas degustamos dois espumantes, os mais caros de todos, acima de R$ 50,00:
CHANDON EXCELLENCE: Serra Gaúcha, Charmat Longo (Pinot Noir e Chardonnay), o perlage deste espumante já demonstra bem mais personalidade, o Charmat longo confere ao vinho a finesse e a persistencia que o deixam extremamente agradável na taça, o nariz muito equilibrado, amplo, com frutas frescas a polpa branca, toques citricos, florais, evolui para a brioche e as frutas secas, mas muito discreto, na boca extremamente equilibrado, acidez correta, bom corpo e final longo.


CASA VALDUGA 130 BRUT: Vale dos Vinhedos, Champenoise (36 meses), de Chardonnay e Pinot Noir, na taça a diferença é gritante, o perlage é finíssimo, persistente, com muitos pontos na taça (taça ISO, nelas o perlage tem vida difícil), forma um colarinho ao redor da taça que costuma ser revelado apenas em espumantes de elevada qualidade (o Champagne, por exemplo), no nariz se percebe imediatamente aquela que considero a impressão digital da 130, o aroma de casca de limão, seguido pelas outras frutas, abacaxi, pera e maça, evolui para as frutas secas (leves) e a brioche, fragrante, nítido. Na boca a cremosidade impressiona, um pequeno gole preenche toda a boca, o ataque é suave, a acidez correta e o final interessante.
Se quisermos marcar pontos a melhorar falaríamos de uma certa suavidade excessiva (apesar de ser claramente um brut) e do final de boca que poderia ser um pouco mais longo, mas ai já seríamos exigentes demais, este vinho só pode ser comparado com outro Champenoise com importante permanência "sur lie", como o Champagne ou certos bons exemplares de outras vinícolas da Serra Gaúcha, dificilmente encontrados no mercado local (ou presentes de forma pouco expressiva nao justificando a inclusão nesta degustação, pelos motivos que explicamos antes).

Desta última parte da degustação gostaria de ressaltar o equilíbrio e a elegância do Chandon Excellence, que fazem deste vinho um companheiro ideal para as festas de alto nível (por causa do preço) e ocasiões comemorativas, já o Casa Valduga 130 é um espumante de qualidade superior, gastronômico, muito rico em detalhes e nuances que merece uma degustação calma e mais reflexiva, para apreciá-lo em sua totalidade; trata-se de dois grandes vinhos.

Para concluir uma menção ao excelente atendimento da brigada do Restaurante Sah e a qualidade do cardápio, preparado com esmero pelo chef Marco Gil, merecidamente eleito Chef do Ano pela revista Veja, parabéns pelo renovado sucesso do restaurante e que assim continue, de vento em popa.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DEGUSTAÇÃO DE ESPUMANTES - RESTAURANTE SAH, parte 1


No ultimo Sábado organizamos uma degustação de espumantes com 13 rótulos diferentes, das mais variadas faixas de mercado, abaixo de Champagne; a intenção era ter uma panorâmica das opções que o mercado oferece e consome, comparar os diferentes vinhos, mas sem a preocupação de estabelecer um ranking do melhor ou pior.
Quem nos hospedou foi o Chef Marco Gil, do Restaurante Sah, em Fortaleza, a degustação foi oferecida pela Opção Distribuidora, que colocou para serem degustados, não apenas os espumantes que comercializa, mas também os das outras concorrentes, todas as garrafas foram adquiridas no mercado, não foram cedidas nem bonificadas, justamente parta não haver nenhum tipo de preferencia, presentes a degustação, além da equipe comercial da distribuidora, queridos amigos convidados, sócios da distribuidora e esposas.
Dividi os espumantes em grupos de 4 em ordem crescente de preço e servi de acordo com a tipologia de cada um.
Somente foram usados taças ISO de degustação para todos os vinhos.

Na primeira bateria de espumantes, com preço de venda até R$ 30,00 foram servidos:
- SALTON BRUT: Infelizmente este espumante estava levemente oxidado, acredito por causa de algum calor excessivo que sofreu, talvez na viagem ou por causa de mal armazenamento, logo não pode ser incluido na avaliação.

- POL CLEMENT BRUT: Francés, Vin Mousseux, método Charmat, perlage de qualidade média, bastante fino não muito persistente e meio "solto" na taça, bastante normal por se tratar de um Charmat comum, no nariz alguns toques florais, frutas a polpa branca e leve mineral, pouca intensidade, na boca acidez correta, refrescante, porém muito leve e de pouca persistência gustativa, a impressão é que o vinho passa, agradável, mas não deixa muita lembrança de si.

- TAMARI BRUT: Argentino, Charmat, perlage muito parecido com o anterior, de finesse boa mas com intensidade não elevada, correto, no nariz o aroma é bastante marcado, a fruta branca aparece mais nítida, assim como o toque floral, um leve aroma de pão torrado completa o leque olfativo, na boca bom corpo, apresenta acidez correta mas não muito pronunciada, seco com alguma persistência.

- PONTO NERO BRUT: Serra Gaúcha, Charmat, perlage bem mais intenso, fino e persistente (para um Charmat), no nariz frutas tropicais, cítricas e algumas flores, leve pão torrado, na boca a acidez é nítida e refrescante, corpo médio e persistência em linha com a tipologia, bem feito.

Numa avaliação rigorosa, diríamos que os últimos dois estariam tecnicamente empatados, o TAMARI se sobressai no nariz, já o PONTO NERO apresenta um perlage melhor, na boca o corpo de um (TAMARI) é compensado pela refrescância do outro (PONTO NERO).

Na segunda bateria colocamos:
- ARTE BRUT CASA VALDUGA: Serra Gaúcha, método Champenoise, o perlage imediatamente denunciou a origem do espumante, mais fino que os demais, persistente e menos "solto" na taça, de qualidade muito boa, no nariz frutas brancas frescas, algumas flores, toque de pão torrado e leve sentor de frutas secas (muito pouco, porém perceptível), na boca ataque suave, com certa cremosidade (até agora não tinha aparecido em nenhum vinho degustado), bom corpo, acidez refrescante e uma certa persistência.

- MUMM BRUT: Argentina, método Charmat, perlage de qualidade em linha com os demais Charmat apresentados, nariz com certa mineralidade que abre para as frutas frescas e leves toques cítricos e minerais, na boca bom corpo e acidez media, não agresiva, certa persistência, melhorou bastante se comparado a certos exemplares de safras anteriores.

- NOCTURNO: Argentina, Charmat, perlage fino mas um pouco "cansado", nariz de frutas brancas, amarelas e leve cítrico, na boca um ataque suave deixa logo o espaço para a acidez que, todavia, não se mantem e cai em seguida, um pouco curto, sem defeitos, nem grandes qualidades.

Nessa segunda leva podemos constatar como o Champenoise sempre acrescenta alguma personalidade ao espumante, o perlage é de outra qualidade, o aroma é mais amplo e intenso, apresentando frutas secas e pão torrado, mesmo quando é um Champenoise com 12 meses de refermentação, faz a diferença, a MUMM também não foi nada mal, apresentando equilíbrio e frescor de classe, na média a NOCTURNO.
Em próximo post examinaremos as espumantes de preço um pouco mais elevado. Até a próxima.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

VINDIMA 2012 NA SERRA GAUCHA, O ESTRAGO DO GRANIZO

Após colher a maior safra da historia do Rio Grande do Sul, com mais de 700 milhões de quilos de uvas em 2011, no ano em que ia superar esse recorde, a natureza resolveu aprontar para cima dos viticultores do Rio Grande do Sul, especificamente aqueles que tem (tinham?) seus vinhedos localizados na área rural de Flores da Cunha.
É que lá pelo meio do mês de Dezembro, caiu uma chuva de granizo que literalmente arrasou com as parreiras daquela região, a isso somamos a estiagem que está assolando o estado, como nos informa diariamente o noticiário e o quadro está completo, logo este ano que estava caminhando para ser o marco histórico na produção nacional.
As perdas são estimadas em algo como 20%, segundo estimativa do IBRAVIN, mesmo assim deverá ser a terceira maior safra da historia, perdendo apenas para 2011 e 2008.
Uma boa noticia é que, graças ao fenômeno LA NIÑA, justamente o causador da estiagem prolongada, a quebra na quantidade será compensada por uma qualidade elevada; se o clima se mantiver assim como está, a fruta atingirá uma excelente maturação fenólica com altos índices de açucares e nutrientes, proporcionando uma maior estrutura e teor alcoólico ao vinho deste ano.

Fonte: Assessoria de imprensa IBRAVIN

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ACORDO NO PREÇO DA UVA, UM PASSO PARA A QUALIDADE.

Reajuste de 10% será pago a uvas que alcançarem um grau mínimo de qualidade, medido pelo índice de açúcar.


Importante acordo é fechado no Rio Grande do Sul, visando incentivar o agricultor que produzir uva de melhor qualidade, veja mais no texto abaixo:

Um acordo histórico. Indústria e produtores de uva chegaram a um consenso sobre o novo preço mínimo da uva industrial da safra 2011/2012. “O acordo beneficia a qualidade da matéria-primeira”, afirma o presidente da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados, Arnaldo Passarin, que conduziu os encontros entre as lideranças das vinícolas, cooperativas e dos viticultores. 

Os valores enviados para aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Agronegócios (Mapa) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) contemplam um reajuste de cerca de 10% - a inflação do ano mais 3,5% de ganho real. Assim, a uva industrial (isabel) passaria de 0,52/kg para de R$ 0,57/kg. Para receber o reajuste, o viticultor deve entregar uma uva igual ou acima de 15 Graus Babo (que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100g de mosto). Se a uva tiver 14 Graus Babo, o reajuste a ser pago será de R$ 0,49/kg para R$ 0,54 – os mesmos 10% de aumento aproximadamente. Acima dos 15 Graus Babo segue a regra dos cerca de 10% de acréscimo. De 13 Graus Babo para abaixo, não haverá reajuste no preço mínimo da uva.
Para as uvas viníferas, o reajuste será definido pelo governo federal, com o compromisso de valorizar a qualidade da uva. Para receber mais, o viticultor deve entregar uvas brancas acima de 17 Graus Babo e para as tintas com no mínimo 18 Graus Babo. Os valores acordados pelo setor vitivinícola brasileiro ainda devem ser aprovados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e publicados no Diário Oficial da União (DOU) para serem válidos. 

Repercussão
“O acordo foi um avanço, principalmente por trazer como vantagem a valorização da qualidade da uva”, comenta o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua.

“Só teremos melhores vinhos, espumantes e suco de uva se tivermos uma matéria-prima de maior qualidade. É isso que o setor está procurando por meio de várias iniciativas”, destaca o presidente da Agavi (Associação Gaúcha dos Vinicultores), Elmar Viapiana.

Saiba mais
O grau glucométrico da uva é medido em escala de graus Babo, que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100 g de mosto (caldo da uva), ou em escala de graus Brix, que representa o teor de sólidos solúveis totais na amostra (%/volume de mosto), 90% dos quais são açúcares. Esta medida pode ser feita diretamente no vinhedo, com a ajuda de um equipamento de bolso chamado refratômetro. (Fonte: Embrapa Uva e Vinho, pesquisadores Celito Crivellaro Guerra e Mauro Celso Zanus) 

ASSESSORIA DE IMPRENSA IBRAVIN
OAJ Comunicação & Marketing
>>>Orestes de Andrade Jr. 

PATAGÔNIA, A ULTIMA FRONTEIRA


Analisando as varias regiões vitivinícolas da Argentina (que não se resumem apenas a Mendoza, a qual, por sinal, é muito extensa e dividida em várias sub-regiões com características distintas entre si), não poderíamos não considerar a Patagônia, ou melhor, o Vale do Rio Negro; esta região fica a quase 1.000 km ao sul de Buenos Aires, no meio do caminho entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Atlântico e a menos de 2.000 km de distancia da Terra do Fogo.
Em outras palavras, estamos no meio do deserto. O microclima é influenciado pelos rios da Cordilheira, o Neuquem e o Limay, os quais juntando-se formam o Rio Negro, que deságua no Atlântico.

Vinhedos na Patagônia.

Em 1928, colonos britânicos, observaram a grande quantidade de água que corria nos rios da região e resolveram cavar canais de irrigação, formando assim um oásis no deserto e transformando aquela área seca e improdutiva, num paraíso pela fruticultura, ainda nos dias de hoje essa terra é conhecida mundialmente pela produção de peras e maçãs, além do vinho, naturalmente.

As primeiras parreiras, geralmente de varietais de origem francesas, datam do começo do século XX.
O próprio Vale do Rio Negro é um verdadeiro paraíso natural para o cultivo da videira. Um clima árido, com apenas 180 mm/ano de chuvas e uma umidade máxima de 30% fazem dessa região, a mais meridional do continente Latino Americano, uma terra absolutamente livre de pragas, fungos e outras doenças da videira.
A atmosfera fica incontaminada, pura e intacta, em perfeito equilíbrio e sintonia com a natureza ao redor.
Esta pureza está no ar que se respira e incentiva o homem a trabalhar no mais completo e pleno respeito da natureza, integrado ao meio-ambiente e respeitando um ecossistema raríssimo nos dias de hoje.
Como consequência desse equilibrio é naturalmente difusa a pratica da viticultura orgânica e biodinâmica.

Em época de maturação, a excursão térmica varia entre as medias de 28ºC do dia e os 9ºC das frias noites do Sul Austral.
Nestas condições extremas são elaborados alguns dos mais interessantes vinhos do Hemisfério Meridional, sem duvida uma fronteira do vinho, com muitos tesouros a serem descobertos.

Em Patagônia, assim como em Mendoza e nas demais regiões da Argentina, o principal protagonista é o Malbec, embora aqui tenha características diferentes do Malbec mendocino.
Na Patagônia o varietal Malbec dá um vinho mais intenso, com fortes notas de especiarias, muito profundo, a maioria dos vinhos de lá são de qualidade elevada, e preço também.

Para concluir é preciso mencionar um grande vinho dessa região, a revista americana Wine Spectator, concluiu recentemente sua resenha anual dos vinhos e, na TOP 100, em primeiro lugar entre os vinhos argentinos, com 96 pontos, escolheu um vinho da Patagônia, o NOEMÍA, Malbec biodinâmico produzido pela Bodega Noemia, que pertence à Condessa Noemi Marone Cinzano e ao winemaker dinamarquês Hans Vinding-Diers.


Matéria publicada na revista Il Sommelier numero 01/2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SELO FISCAL, ALGUMAS INFORMAÇÕES (que uns não sabem e outros não dizem)

Muito se tem falado a respeito do selo fiscal, com a grande maioria dos consumidores que, logicamente, se manifestaram contra essa medida, por considerá~la nada mais que um imposto que vai encarecer o vinho, cujo preço beira o absurdo, por culpa da alta carga tributaria; mas não somente por isso.
Vamos tentar analisar algumas informações que, embora oficiais e disponíveis para serem pesquisadas, nem todo mundo conhece e muitos informados não divulgam; começamos do princípio, veja abaixo parte do comunicado da assessoria de imprensa da IBRAVIN:


Desde o dia 1º de janeiro de 2011, as empresas vinícolas, engarrafadoras e importadoras estão obrigadas a colocar o Selo de Controle Fiscal em todas as garrafas. Nos vinhos estrangeiros, os selos são da cor vermelha; nos nacionais, verde. “O objetivo do selo é aumentar o controle no comércio de vinhos brasileiros e importados, beneficiando quem trabalha dentro das obrigações legais, fiscais e de mercado”, afirma o diretor-executivo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Raimundo Paviani.


E o IBRAVIN continua:



A partir de...(1º de janeiro de 2012), os estabelecimentos atacadistas e varejistas não poderão comercializar vinhos nacionais ou estrangeiros (importados) sem o Selo de Controle Fiscal ,...Uma nova IN (nº 1.230/2011) foi publicada ... pela Receita Federal, autorizando o atacado e o varejo a venderem vinhos nacionais e importados adquiridos antes de 1º de janeiro de 2011, desde que amparado por decisão judicial ou que apresentem documentação fiscal comprobatória de aquisição dos produtos quando requisitado ... Estes estabelecimentos ainda deverão manter controle individualizado dos produtos sem selo de controle existentes em estoque no dia 31 de dezembro de 2011. 


Bastante radical esse negocio do selo, vamos ver sua origem e o motivo pelo qual foi criado: 


Aprovado por 14 entidades representativas do setor vitivinícola, no âmbito da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados, o Selo de Controle Fiscal tem o propósito de combater a sonegação, a falsificação e a entrada de vinhos por descaminho (sem o pagamento dos impostos devidos). “O selo é um direito do consumidor, que agora poderá identificar facilmente os produtos que pagam impostos, geram empregos e produzem desenvolvimento no Brasil”observa o presidente do Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque (Sindusvinho), Cláudio Góes...


(Pode até ser mas ninguém parece gostar)...  


“A aceitação do selo já é expressiva entre o atacado e o varejo, assim como entre os bons produtores e importadores,...(Não é o que eles dizem)... Góes, que também é presidente da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados de São Paulo, lembra que todas as bebidas quentes (uísque, cachaça e demais destilados) já sofrem este tipo de controle, assim como a cerveja, que não tem o selo, mas é regulada eletronicamente na produção. 


Tudo isso é verdade, mas não deixa de ser altamente impopular, mas vamos analisar a informação a seguir:


Segundo técnicos federais de fiscalização na fronteira, o Paraguai importou, em 2009, 42 milhões de litros de vinho engarrafado, sobretudo do Chile e da Argentina. E não exportou nenhuma garrafa oficialmente. “Ou a população paraguaia, que é menor de 6 milhões de pessoas, consome muito vinho, ou a maioria dos vinhos importados pelo Paraguai da Argentina e do Chile estão sendo ‘encaminhados’ para outros países”, argumenta o presidente da Uvibra, Henrique Benedetti


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Como o Brasil é o grande país consumidor de produtos do Paraguai, sobretudo originados do descaminho, os fiscais ... estimam que a maior parte dos 42 milhões de litros de vinhos importados pelo Paraguai acabe no Brasil. Quer dizer, no mínimo, e só do Paraguai, devem entrar 15 milhões de litros de vinhos contrabandeados, sem o devido pagamento de impostos. “Na prática, este volume deve ser maior ainda”, calcula o presidente da Uvibra. Por isso, o uso do Selo Fiscal é um remédio estritamente necessário para o atual estágio de doença que vive o mercado nacional de vinhos. 


As informações acima são veridicas e de facil averiguação, dai fica facil deduzirmos que a questão do contrabando não é tão minima como certas teorias (lobbies) gostam de propagar, se consideramos que as vinicolas brasileiras comercializaram em 2010 30,6 milhões de litros de vinhos finos e espumantes, que o Brasil importou mais de 75 milhões de litros de vinho e espumante do mundo todo (dados oficiais IBRAVIN), dá para perceber o quanto seja significativa a "estimativa" (que obviamente só pode ser estimativa, já que não existem dados oficiais) sobre o vinho que entra ilegalmente no Brasil, via Paraguay.




Que o selo fiscal gere um transtorno enorme justamente para aqueles importadores que trabalham na mais perfeita legalidade, como o grupo Mistral, La Pastina, Franco Suissa, Grand Cru, Decanter, Winebrands e tantas outras, gerando custos adicionais pela tarefa "estupida" de selar as garrafas uma por uma, abrindo as caixas que chegam lacradas do exterior, selando e fechando novamente, numa escala de trabalho grotesca e verdadeiramente ridicula, bem, quanto a isso acredito que ninguem discorde, mas quanto à situação gerada pelo contrabando, que influi diretamente nas regiões próximas das fronteiras, justamente as regiões produtoras, me parece obvio que alguma medida precisava ser tomada, em nome da preservação do emprego no campo, que o selo fosse a única alternativa é duvidoso e se presta a controversias, mas acima de tudo, cabe a nós que gostamos do vinho, indagar e pesquisar as informações disponiveis a respeito de uma medida tão impopular, para depois sim formar nossa opinião.
Veja abaixo alguns argumentos que IBRAVIN utiliza para defender a implantação do selo:



OS BENEFÍCIOS DO SELO FISCAL


 Identifica o produto contrabandeado (pois este estará sem selo). A não ser que o comerciante comprove a compra do produto antes de 1º de janeiro de 2011 e apresente os devidos documentos fiscais.



 Possibilita uma igualdade de condições de competitividade, porque pune o produto fruto do descaminho e da sonegação fiscal (que não paga impostos).


 Inibe a sonegação, aumentando os riscos e as penalidades para quem não utiliza o selo. 


 Não afeta a imagem do produto, pois é discreto e já utilizado por outras bebidas (como uísque, cachaça, vodca), sem prejuízos estéticos. 

 O custo financeiro do selo é de apenas R$ 0,023 por garrafa, que podem ser creditados no pagamento do PIS e Cofins. Portanto, o custo é zero.


 Identifica os sonegadores e o descaminho (contrabando). 


 Possibilita a autofiscalização. Obriga o comerciante a ter uma participação ativa, pois a responsabilidade recai sobre ele.



PERGUNTAS E RESPOSTAS


>O que é o Selo de Controle Fiscal?

É um selo já usado em outros produtos como as cachaças e os uísques, que significa, entre outras coisas, que tal produto pagou o seu Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e entrou legalmente no Brasil.


>Quanto custa?
O Selo Fiscal será impresso pela Casa da Moeda. Sua falsificação é considerada crime. O valor de confecção do selo é em torno de R$ 23 (Vinte e três reais) para cada 1.000 selos. Este valor pode ser creditado do pagamento devido pelas empresas de PIS e Cofins. O custo para as empresas, portanto, é somente da colocação do selo nas garrafas.


>Desde quanto este assunto vem sendo debatido?
A implantação do Selo de Controle Fiscal para vinhos nacionais e importados vem sendo discutida desde 2005 na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, entidade com caráter consultivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reúne as principais associações representativas dos produtores de uvas, dos produtores de vinhos, dos importadores, dos engarrafadores e de outros profissionais ligados à produção de vinhos, além das instituições de pesquisa, fomento ou órgãos governamentais. Em 2008, foi formado um Grupo de Trabalho, que passou a estudar a adoção do Selo Fiscal. De lá para cá, muitas entidades contrárias ao selo tiveram suas posições revisadas, tornando-se favoráveis ao tema. 


>O Selo Fiscal prejudica as pequenas empresas?
A ideia de que as pequenas empresas serão prejudicadas pela implementação do Selo de Controle Fiscal não tem fundamento. Com regras mais específicas, com condições de concorrência ajustadas e iguais para todos, quem se beneficia são os produtores e importadores idôneos que prezam por um mercado mais organizado. Hoje as pequenas empresas já precisam pagar os tributos, ter um contador, fazer o registro do produto no MAPA, etc. a isso apenas se agrega a colocação do selo, nada mais. 


>O Selo Fiscal resolve os problemas do setor?
O Selo de Controle Fiscal não é uma solução definitiva, mas é um instrumento legítimo que prioriza e auxilia os bons e honestos produtores e comerciantes. Entretanto, certas exigências e medidas são necessárias para poder equilibrar as forças econômicas e dar chance também aos pequenos.


Fonte da pesquisa: Assessoria de Imprensa IBRAVIN

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aprenda com o chef - HARMONIZANDO CARNEIRO ENSOPADO

Prato clássico do agreste nordestino em geral, o carneiro ensopado da Villa Rios, harmonizou em modo fantástico com um vinho do nome difícil, descubra qual é assistindo ao programa Aprenda com o Chef, na integra, no link.

Aprenda com o chef programa 52 - Série Villa Rios - YouTube:

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