Diferença e distancia cada vez maior daquele produto cuja imagem está um pouco desgastada por aqui, graças a enxurrada de vinho de qualidade mediana que no recente passado inundou as prateleiras de todo Brasil.
A denominação "RIVE" tem sua origem no dialeto "Trevisano"; quando o camponês fala "vado sulla riva" significa que vai subir os íngremes morros da Marca Trevigiana, região que compreende os 12 municípios e 31 localidades onde o Prosecco se cultiva subindo e descendo morros que não permitem a mecanização e obrigam o homem a dedicar, no minimo, 700 horas/ano de duro trabalho por cada hectare cultivado, em contraposição as 130 horas necessárias, por exemplo, ao colega viticultor que trabalha nas regiões planas logo abaixo.
A nova denominação que poderá ser utilizadas nas garrafas de Prosecco Superiore de Conegliano Valdobbiadene DOCG, prevê regras bastante severas em seu disciplinar; antes de tudo a produção não pode superar as 13 toneladas por hectares (mesmo limite da região de Champagne), a safra deve constar no rotulo e as uvas só podem ser produzidas numa unica colina, "Riva", no caso.
Tudo em linha com o novo caminho escolhido para o Prosecco, que começou com a adoção do nome histórico Glera para sua uva emblemática e que agora aposta na afirmação da própria identidade cultural através da valorização de seu território e de sua tipicidade para alcançar o reconhecimento que o árduo trabalho dos produtores desta região, sem duvida, merece.
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