Vejam no link o caminho do vinho brasileiro de qualidade, o descobrimento e a exploração de regiões excelentes para vitivinicultura, que estão ajudando as vinícolas a expandir sua produção e aumentar a oferta de rótulos de alta qualidade.
A Serra do Sudeste, em Encruzilhada do Sul (RS), já é uma realidade importante no panorama vitivinícola nacional, empresas de renome tem investido na região e o vinho de qualidade começa a chegar ao mercado para conquistar seu espaço.
Infelizmente existe um paradigma a ser quebrado, criado pelo próprio consumidor brasileiro, que ainda vê com certo preconceito os vinhos nacionais, preconceito que começa inclusive com essa definição "nacionais" isso subentende que se há os "nacionais" há os outros, os "importados" geralmente melhores; acredito que essa forma de tratamento seja um habito que remonta à época da economia fechada, quando até se justificava essa divisão, entre os produtos nacionais, feitos por uma industria sem concorrência estrangeira e com ampla reserva de mercado a disposição e aqueles produzidos em países tecnologicamente desenvolvidos acostumados a lidar com ambientes altamente competitivos e exigentes.
Mas isso foi no passado, hoje o mundo é outro, globalizado, o próprio Brasil já não é mais aquele.
Problemas similares aconteceram com os países da península ibérica, quando, na segunda metade dos anos 70, tanto Espanha como Portugal, passaram pela redemocratização, com a consequente abertura de seus mercados. Naquela época os vinhos desses países eram um tanto quanto rústicos quando comparado aos franceses e italianos, mas houve forte investimento para melhorar a qualidade, houve a tomada de consciência que o vinho poderia se tornar produto de exportação, não apenas voltado para consumo interno de baixo perfil.
Tudo isso porem foi possível a partir da atitude de espanhóis e portugueses que acreditaram em sua própria capacidade, incentivaram os produtores e se orgulharam de seus vinhos; exatamente tudo que o Brasil precisa aprender a fazer.
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