quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
CHATEAU D'YQUEM DISPENSA A SAFRA DE 2012
Demonstrando zelar pela fama secular que faz do Chateau d'Yquem um dos grandes vinhos de Bordeaux (e do mundo), a multinacional francesa Louis Vuitton Moet & Hennessy, LVMH, resolveu não engarrafar o mais celebrado dos Sauternes na safra de 2012.
Motivo da decisão radical, que subtrairá cerca de 100 mil garrafas de verdadeiro néctar dos sonhos de consumo dos enófilos abastados do mundo todo, foi a falta de condições climáticas necessárias para o desenvolvimento da "podridão nobre", também conhecida como "Botrytis Cinerea", ou seja aquele fungo que, ao atacar os bagos de uva, geralmente da casta Semillon, no final da maturação, os desidrata, concentrando assim todos os açúcares e dando origem a um vinho de uma qualidade impossível de ser reproduzida em outras latitudes.
Porém, segundo o enólogo de confiança da LVMH, Pierre Lurton, "...Tínhamos tudo para dar certo, desde o terroir incomparável do Chateau, até a estrategia certa na adega, mas a natureza este ano faltou ao compromisso e o clima não nos permitiu engarrafar o vinho..." gerando assim um prejuízo comercial da ordem de uns 25 milhões de Euro, "... mas, quando se tem a responsabilidade de zelar um nome e uma marca secular, precisa saber o momento de fazer um sacrifício, não se pode tratar o Chateau d'Yquem com os mesmo parâmetros de um qualquer balancete empresarial."
Sacrifício que o Chateau d'Yquem já precisou enfrentar, umas dez vezes nos últimos 200 anos de vida, curiosamente nos últimos tempos tem acontecido a intervalos regulares, tanto que, além de 2012, não foram engarrafadas as safras de 1952, 1972 e 1992, uma coincidência, sem dúvida(?)
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