Parceria entre Ibravin e Apex-Brasil foi celebrada nesta quarta-feira (31), na 34ª Expointer, em Esteio (RS).
A exportação de vinhos brasileiros deve somar US$ 3 milhões este ano – 30% a mais do que no ano passado. Segundo a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, esta é a expectativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com quem o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) celebrou os sete anos de parceria, nesta quarta-feira (31), durante a 34ª Expointer. O evento foi realizado no estande da Apex-Brasil no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, com a presença do diretor de Negócios da Agência, Rogério Bellini, do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde, e do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan. Adriano Miolo, do Miolo Wine Group, falou representando as 37 empresas exportadoras ligadas ao Wines of Brasil, e Maria Angélica Rech, da vinícola Basso, que deu um depoimento em nome das vinícolas iniciantes em exportação. “Sem o projeto, a Miolo não estaria hoje presente em 30 países e nem teria 10% do seu faturamento vindos do mercado externo”, disse Adriano Miolo. “Graças ao Wines of Brasil realizamos este ano a nossa primeira exportação [para a Noruega]”, destacou Maria Angélica.
Em 2010, as empresas associadas ao projeto, que tem o objetivo de posicionar o produto brasileiro no mercado internacional por meio da promoção do vinho fino engarrafado, exportaram US$ 2,29 milhões, praticamente o mesmo valor de 2009, que foi de US$ 2,30 milhões. “O crescimento que devemos alcançar este ano nas exportações de vinhos brasileiros se deve ao investimento das empresas e ao planejamento estratégico no mercado internacional, o que nos fará superar o câmbio desfavorável”, comentou Andreia. Segundo ela, desde o ano passado foram escolhidos oito mercados-alvo para a venda em lojas especializadas e restaurantes renomados: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia. “Nossa intenção com o projeto Wines of Brasil é construir uma boa imagem do vinho brasileiro no exterior”, disse diretor de Negócios da Agência, Rogério Bellini. “Com o passar dos anos, o projeto está cada vez mais consistente, com ações muito bem estruturadas”, elogiou.
Fases do projeto
Andreia Gentilini Milan separou em quatro fases o projeto Wines of Brasil. Primeiro, em 2005 e 2006, houve o período de aprendizado, com a realização de 15 eventos internacionais. Começamos com seis fundadoras do projeto e chegamos a 15 vinícolas associadas. “Neste período, os valores exportados pelas empresas do projeto representavam em média 33% das exportações brasileiras de vinhos”, lembrou. Foi quando o projeto passou de cinco para nove vinícolas exportadoras.
A segunda fase do projeto foi a de comunicar que o Brasil elaborava vinhos. “A cada dez perguntas que eu ouvia nas feiras e eventos que participávamos, nove era se o Brasil fazia vinho”, conta Andreia. Entre 2006 e 2007, os vinhos brasileiros ainda eram vistos como produtos exóticos. O número de empresas associadas ao projeto subiu para 25 e os valores exportados pelas empresas do Wines of Brasil foram para 57% das exportações brasileiras de vinhos. O número de eventos mais do que dobrou, subindo de 15 para 34, e o projeto passou a ter 14 vinícolas exportadoras para 20 diferentes destinos.
A etapa atual vivida pelo Wines of Brasil, conforme Andreia, é a do reconhecimento do Brasil como país produtor de bons vinhos. O projeto conta agora com 37 vinícolas associadas e os valores exportados pelas associadas representam 66% da exportação nacional de vinhos. “Passamos de 14 para 20 vinícolas exportadoras ou com exportações esporádicas e alcançamos 27 países compradores de nossos rótulos”, citou Andreia, enfatizando a participação em mais de 55 eventos pelo mundo este ano. Além disso, o valor agregado dos vinhos brasileiros comercializados ao exterior aumentou mais de quatro vezes de 2004 para 2011.
Daqui para frente, será a fase da consolidação da imagem do vinho brasileiro no exterior. “Visamos criar a identidade do vinho brasileiro no exterior e implementar esforços práticos para a sua divulgação, dentro de conceitos que aliem o estilo do produto aos atributos positivos que o público nos países-alvo enxerga e percebe sobre o Brasil”, salientou Andreia. “Entramos na agenda do mundo dos vinhos e os rótulos verde-amarelos deixaram de ser apenas uma curiosidade para se tornar produtos que já fazem parte do circuito dos compradores”.
Conquistas
Este ano, pela primeira vez, um vinho brasileiro foi premiado com a medalha de ouro no International Wine Challege 2011, em Londres. A consagração do espumante Grand Legado Brut Champenoise, da vinícola Wine Park, e a conquista de 25 prêmios, mais que o dobro do ano passado, surpreenderam até a organização do concurso.
O Wines of Brasil também comemorou em 2011 a entrada dos produtos brasileiros em alguns dos mais renomados restaurantes de Londres, como o River, do Hotel Savoy, e os badalados restaurantes japoneses Zuma e Roka. O restaurante-escola do chef inglês Jamie Oliver – o Fifteen – igualmente incluiu dois rótulos brasileiros na sua carta de vinhos.
A crítica internacional também abriu os olhos para os vinhos do Brasil recentemente. O rótulo Quinta Seival Castas Portuguesas foi indicado pelo crítico Steven Spurrier na revista especializada em vinhos Decanter, a mais importante do Reino Unido.
Os vinhos brasileiros ainda ganharam este ano a primeira publicação no Editorial da Wine Enthusiast, uma das principais revistas dos Estados Unidos. O espumante Cave Geisse foi pontuado com nota 18,5 (de um máximo de 20) pela consagrada crítica de vinhos Jancis Robinson, que declarou ter sido um dos mais impressionantes espumantes degustados por ela nos últimos anos. O Brasil ainda conquistou um espaço permanente na Vinópolis, uma espécie de museu do vinho mundial em Londres.
Fonte: Assesoria de imprensa Ibravin
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