O PREÇO DO AZEITE
A noticia não é muito boa para os apreciadores, cada vez mais
numerosos, do azeite de oliva, o aumento de preço é um fato que não tardará a
aparecer, e pesar, na hora da compra deste produto que cada vez mais
brasileiros aprenderam a apreciar.
A ultima safra de azeitona na Europa foi muito escassa, por
causa da seca que atacou o Sul daquele continente, afetando assim a bacia do
Mediterrâneo, região que responde pela produção de azeite no mercado
internacional.
Espanha, Itália e Grécia, maiores produtores de azeite do
mundo, amargaram perdas pesadas nas colheitas que começaram em Novembro 2012 e
se protraíram até Janeiro 2013, isso gerou uma diminuição da matéria prima e um
consequente aumento no preço para todas as categorias de azeite, desde o mais
importante, o extra virgem, até o azeite de sansa de oliva (obtido através da
prensagem do caroço da azeitona misturado em seguida a azeite extra virgem e
azeite de oliva refinado, o azeite de sansa é usado principalmente na
culinária, como base para molhos, refogados etc.).
O impacto da safra
ruim chegou a incidir em quase 60% de aumento no preço do azeite a granel na
Espanha, pais referencia de mercado enquanto maior produtor do mundo, por
sorte, devido aos estoques existentes das safras anteriores, foi possível
conter o aumento em patamares mais amenos, entorno de 30% a 40%.
O executivo responsável pela America Latina da Olitalia,
a marca de azeite mais distribuída no mundo, o italiano Sauro Sardi, nos conta
que “...esse aumento repercutiu no
mercado de azeite internacional, não pode ser tratado como um a decisão apenas
de um pais ou de uma industria, a escassez de matéria prima aconteceu em toda a bacia do Mediterrâneo,
daí o aumento de preço vai aparecer aos poucos ao longo do ano, a medida que os
importadores brasileiros repuserem seus estoques com produto novo; fatalmente o preço na gôndola vai ficar mais
caro”.
A noticia boa é que o mercado de azeite, aos poucos, está se
“moralizando”, ressalta Sauro “... o Ministério da Agricultura brasileiro
tomou, no ano passado, uma iniciativa louvável contra aqueles azeites que
vulgarmente são conhecidos como “batizados”, por conter parte de óleo de soja.
O MAPA, em parceria com a ANVISA, adotou a medida que obriga o
exportador/importador a submeter o azeite a analises laboratoriais acuradas, de
modo a impedir a entrada no Brasil de azeites de qualidade e procedência duvidosas,
isso para as industrias que trabalham com cuidado e seriedade, a exemplo da
Olitalia, é uma noticia muito boa pois elimina uma concorrência desleal, além de
representar para o consumidor uma
importante garantia de qualidade”.
Bom, isso é verdade, mas passaríamos
melhor sem o aumento de preço.
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