segunda-feira, 10 de junho de 2013

O PREÇO DO AZEITE

O PREÇO DO AZEITE

A noticia não é muito boa para os apreciadores, cada vez mais numerosos, do azeite de oliva, o aumento de preço é um fato que não tardará a aparecer, e pesar, na hora da compra deste produto que cada vez mais brasileiros aprenderam a apreciar.
A ultima safra de azeitona na Europa foi muito escassa, por causa da seca que atacou o Sul daquele continente, afetando assim a bacia do Mediterrâneo, região que responde pela produção de azeite no mercado internacional.

Espanha, Itália e Grécia, maiores produtores de azeite do mundo, amargaram perdas pesadas nas colheitas que começaram em Novembro 2012 e se protraíram até Janeiro 2013, isso gerou uma diminuição da matéria prima e um consequente aumento no preço para todas as categorias de azeite, desde o mais importante, o extra virgem, até o azeite de sansa de oliva (obtido através da prensagem do caroço da azeitona misturado em seguida a azeite extra virgem e azeite de oliva refinado, o azeite de sansa é usado principalmente na culinária, como base para molhos, refogados etc.).

O impacto da safra ruim chegou a incidir em quase 60% de aumento no preço do azeite a granel na Espanha, pais referencia de mercado enquanto maior produtor do mundo, por sorte, devido aos estoques existentes das safras anteriores, foi possível conter o aumento em patamares mais amenos, entorno de 30% a 40%.

O executivo responsável pela America Latina da Olitalia, a marca de azeite mais distribuída no mundo, o italiano Sauro Sardi, nos conta que “...esse aumento repercutiu no mercado de azeite internacional, não pode ser tratado como um a decisão apenas de um pais ou de uma industria, a escassez de matéria prima  aconteceu em toda a bacia do Mediterrâneo, daí o aumento de preço vai aparecer aos poucos ao longo do ano, a medida que os importadores brasileiros repuserem seus estoques com produto novo;  fatalmente o preço na gôndola vai ficar mais caro”.


A noticia boa é que o mercado de azeite, aos poucos, está se “moralizando”, ressalta Sauro “... o Ministério da Agricultura brasileiro tomou, no ano passado, uma iniciativa louvável contra aqueles azeites que vulgarmente são conhecidos como “batizados”, por conter parte de óleo de soja. O MAPA, em parceria com a ANVISA, adotou a medida que obriga o exportador/importador a submeter o azeite a analises laboratoriais acuradas, de modo a impedir a entrada no Brasil de azeites de qualidade e procedência duvidosas, isso para as industrias que trabalham com cuidado e seriedade, a exemplo da Olitalia, é uma noticia muito boa pois elimina uma concorrência desleal, além de representar  para o consumidor uma importante garantia de qualidade”. 

Bom, isso é verdade, mas passaríamos melhor sem o aumento de preço.

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