Uma vez por mês a ACAV - Associação Cearense dos Amantes do Vinho, se reúne para degustar vinhos as cegas e pontuar com a ficha de degustação, o objetivo da brincadeira não é tanto o de "avaliar" os vinhos, mas sim ter um pretexto para encontrar os amigos, bater um papo e brincar de "juízes", nada sério demais, tanto que desconheço vinhos que tenham sofrido algum tipo de repercussão comercial após ter recebido avaliações negativas pelos "acavianos".
O evento de ontem a noite aconteceu no Restaurante Cantina de Napoli uma bonita casa de estilo italiano, comandada pelo Sommelier Rufino, por minha grata surpresa foi convidado também, pelo amigo Maurício, presidente da ACAV, assim tive o prazer de provar vinhos excelentes, um dos quais me impressionou favoravelmente, um tinto da Califórnia que não conhecia (devo dizer que não sou exatamente um "expert" em vinhos da California).
Jordan Cabernet Sauvignon 2003, o nome da fera, de Alexander Valley, essa região fica situada no Norte de Sonoma County, conta com 40 vinícolas, com produção focada na qualidade; a vinícola Jordan, no caso, fica não muito distante da cidade de Healdsburg.
O vinho que degustamos tinha uma bonita cor granada, muito típica de Cabernet Sauvignon, esta aliás foi a constante que apresentou em todos os aspectos da avaliação, um Cabernet Sauvignon feito segundo o manual, no nariz frutas vermelhas maduras integradas perfeitamente com o carvalho, notas de chocolate, pouco mentol, nota vegetal de pimentão verde muito sutil, como tem que ser.
Na boca a acidez era balanceada por taninos presentes mas em nenhum momento agressivos, de excelente corpo e volume de boca, boa persistência e retrogosto (aroma de boca) agradável e correto.
Depois de ter "descoberto" as garrafas, a degustação finalizada, alguém me disse que esse vinho tinha alcançado 94 pontos em alguma revista especializada, não admira, trata-se realmente de um Cabernet Sauvignon de pura raça, muito bom.
Só o preço que não faz parte das boas notícias, já que passa de R$ 250,00!!!!!!!!!
Depois disso já não dá nem vontade de continuar falando do vinho, apenas nos resta lamentar o preço CRIMINOSO e ABUSIVO que os vinhos custam no Brasil.
Ah, e se alguém chegar a inflar o peito para dizer que vinho é bebida alcoolica e que, portanto, precisa pagar imposto alto para desestimular o consumo, por causa do problema do alcolismo e outras fuleragem do tipo, peçam para o sujeito pesquisar o tratamento fiscal reservado à cerveja e à cachaça (alguém dúvida da força do lobby dessas indústrias? e dane-se a saúde pública), vão ter surpresas.
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