quinta-feira, 9 de junho de 2011

DEGUSTAÇÃO DE NEOZELANDESES COM CARLOS CABRAL

Ontem participei da degustação oferecida pelo Grupo Pão de Açúcar e comandada por Carlos Cabral, adorei a apresentação que ele fez da Nova Zelândia, enquanto ele falava veio a minha mente aquelas pessoas que, após sair de um relacionamento frustrante, prometem para si mesmas que, se casar de novo, vão fazer tudo diferente e priorizar tudo aquilo que consideram mais importante, em vez de se anular e se deixar frustrar pelo outro.
Deve ter sido mais ou menos o que aconteceu com os ingleses ao chegarem nessas terras, em torno de dois seculos atras, quando vislumbraram uma terra grande, livre (a não ser por uns poucos aborígenes, mas para os ingleses isso não deve ter sido exatamente um obstaculo insuperável), onde poder viver ao gosto deles sem ter que frustrar-se numa terra fria, chuvosa e super - populosa como a Inglaterra.
Daí a morar todos em casas com no mínimo 250 mq. de área, cultivar jardim sem que o clima úmido torne isso uma tarefa desgastante e outras amenidades que os ingleses adoram, foi apenas a evolução de um sonho.
E que dizer então de poder plantar uva e fazer vinho, bebida que eles adoram e cultuam como nenhum outro povo no mundo? Esse é o paraíso deles.
E, em reconhecimento a isso, capricharam, no vinho...off course, é dificil encontrar vinhos da Nova Zelandia ruins, é difícil também encontrá-los baratos, infelizmente.
Os dois rótulos oferecido na degustação de ontem eram muito interessantes, produzidos pela Yealand Winery, na região de Marlbourough, mas com rótulo do Club des Sommeliers.
O Sauvignon Blanc era, como sempre, conforme o manual, todas as caracteristicas varietais, desde o aroma de xixi de gato (chamado também de folha de tomate, lembra os aspargos), aos toques de frutas tropicais sutis, muito bom, acido ao ponto certo.
Já o Pinot Noir foi penalizado pelas taças inadequadas, com a boca muito aberta, que deixavam escapar o aroma, de todo modo apresentava um sabor típico, com aroma de boca de frutas vermelhas, morango, cereja e flores, bastante bom, pelo preço.
Em suma dois vinhos de interessante custo-beneficio, mais uma vez os ingleses do hemisferio sul acertaram novamente, inclusive nas garrafas de vidro leve, como manda a nova tendencia ambientalista.    

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