Condução em pérgola de encosta - Vale d'Aosta
Aqui a videira não abandona o homem e se ergue até as altitudes proibitivas de 1.200m/snm. São os vinhedos mais altos da Europa, no vertente íngreme dos Alpes que demarcam a fronteira entre Italia e França (lado italiano).
Vinhedos de Morgex, na encosta ingreme do Monte Bianco - Vale d'Aosta
A principal prerrogativa desta cepa é a capacidade de cumprir o inteiro ciclo vegetativo em um período de tempo muito curto, tão curto quanto o verão dessa fria região italiana; precisa ter uma floração tardia e, poucas semanas depois, uma maturação mais rápidas que as demais castas.
Mesmo assim pode acontecer que a neve chegue abundante antes da colheita, como já aconteceu em anos recentes.
As condições de vida são tão extremadas, que nem a terrível filoxera, que destruiu os vinhedos de quase toda Europa no fim do século XIX, conseguiu resistir ao inverno de lá, permitindo ao vitivinicultor plantar suas vinhas em pé franco.
Aí já temos duas condições para definir o vinho como extremo: Altitude e Clima.
Vinhedos plantados em pérgola baixa - Vale d'Aosta
Falando da condução do vinhedo, não podemos deixar de apontar para a singularidade do uso da pérgola baixa, menos de um metro de altura, as vezes, justamente para proteger a uva do vento frio que desce da montanha e para que possa receber parte do calor que o solo pedregoso acumula durante o dia.
Colheita em pérgola baixa - Município de La Salle - Vale d'Aosta
Condições extremas de colheita - neve precoce
Trata-se de um vinho a Denominação de Origem Controlada, de amarelo palha esverdeado, aroma de especiarias, sálvia e ervas aromáticas, de boa mineralidade e aroma de boca lembrando amêndoa.
Não é muito alcoólico, abaixo dos 12 º, excelente como aperitivo, com entradas, Fontina (queijo típico do Vale d'Aosta) e pratos leves.
Quem se deparar com esse vinho não exite em experimentar, vale a pena conhecer, é um vinho que tem uma historia para contar, uma historia extrema.
Sensacional!
ResponderExcluir