Demorou longos 18 anos para ficar pronta mas valeu a pena a pesquisa da AMERICAN ASSOCIATION OF WINE ECONOMIST, que analisou de 1992 a 2009, no Canadá, amostras de garrafas de vinho importadas do mundo todo.
Imaginem mais de 129 mil amostras em que o objeto da pesquisa era o teor alcoólico, para verificar sua conformidade com o valor declarado no rótulo; bem, a conclusão não foi muito boa para os produtores.
Parece que eles tem o habito de arredondar, por defeito, o teor alcoólico; "sistematicamente" o vinho "perde" algo em torno de 0,2% de teor de álcool (na média), isso em países (da América do Norte) que tem uma atenção cultural, e fiscal, detalhada com relação ao teor alcoólico, faz uma certa diferença.
O teor alcoólico médio dos vinhos analisados foi de 13,3%, enquanto o valor médio declarado no rótulo era de 13,1%. Incluindo todas as amostras 57% delas traziam valores acima do anunciado e apenas 10% forneciam a informação correta.
Sabe-se que medir o teor alcoólico exato da bebida é fácil, dai segue a conclusão que "Os erros que encontramos não foram feitos de forma inconsciente", na palavra dos pesquisadores.
Considerando que as vinícolas americanas pagam menos impostos, e tem maior apelo de venda, ao produzir vinho de teor alcoólico mais baixo, está lançada a suspeita sobre a origem desse "erro" de rotulagem.
Segundo a pesquisa os vinhos de Chile, Argentina e Estados Unidos foram os que demonstraram a maior diferença entre os dois números, o "real" e o "declarado", os vinhos de Portugal e Nova Zelândia foram os que tiveram a média mais próxima do valor denunciado no rotulo.
A motivação para a realização dessa pesquisa veio da observação que, nos últimos tempos, a quantidade de açúcar natural contido nas uvas da Califórnia havia aumentado 11%, elevando, consequentemente, o teor alcoólico; bem, pelo menos assim deveria ser.
Fonte: g1.globo.com
Bel post, amico mio. Isto significa que os argentinos e chilenos q encontramos por aqui com 14-14,5% tem sempre mais de 15%...Eu só sei que as vezes não agüento estes vinhos “musculosos”. Ontem, por exemplo, tomei um Valpolicella Classico (Sartori, muito bom por sinal) que com seu álcool “civilizado” de 12.5% me deu um prazer de outros tempos...
ResponderExcluirUn abbraccione!
Ciao Mario, come va? Na verdade, quando se trata de exportação para o Brasil, não é somente o teor alcoólico que é "arredondado", o teor de açúcar vai pelo mesmo caminho, sabendo da predileção brasileira pelo vinho mais "suavezinho" as vinícolas, sobretudo argentinas e chilenas, adotam o chamado "corte brasileiro" onde o teor de açúcar é levemente mais alto, quando comparados com os mesmos vinhos que se destinam a Europa, por exemplo; alguns tiveram até que retocar o contra-rótulo, pois não poderiam vender esses vinhos como "vinho seco", precisaram mudar para "meio-seco" (uma expressão que não é bem vista comercialmente, por ser considerada depreciativa), a maioria opta por usar essa descrição em letras tão pequenas, de ser quase impossível ler a olho nu (não vou citar nomes, mas são vinícolas de grandes volumes, obviamente em seus vinhos mais baratos que se destinam ao grande varejo), se prestar atenção quando tiver a oportunidade, verá que não é difícil confirmar o que estou dizendo.
ResponderExcluirCom relação aos vinhos "musculosos" eu também, non ne posso piú...saudade dos meus Barbera, Dolcetto e Grignolino de 12,5% no máximo.
Oi Marco e Mario, interessante assunto! No engarrafamento o vinho pode perder um pouco de álcool os produtores provavelmente levar isso em conta. Mas com certeza não querem mostrar um nível álcool alto demais.
ResponderExcluirUm vinho poderoso se destaca nas degustações cegas, mas não da para beber mais que poucos goles. Como vocês falaram torço por mais vinhos gastronômicos e menos alcoólicos e fortes de Argentina e Chile também. Eles não podem mudar o clima, mas sempre existe a escolha de leveduras e hora de colheita.
Abraços
Ulf
Olá Ulf, concordo com você, obrigado pelo comentário,
ResponderExcluirUm abraço,
Marco