terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DEGUSTAÇÃO ÀS CEGAS


Quando alguém se aproxima do vinho uma serie de duvidas e de perguntas surgem quase que de imediato, contribuindo a cercar de mistério e fascínio esta bebida milenar; ora, isso não é sempre bom, não representando propriamente um beneficio, no mais, serve para acanhar e, as vezes, desestimular a aproximação dos mais tímidos.
Uma duvida que, tenho certeza, surge com certa frequência diz respeito às degustações as cegas: para que servem? O degustador fica por acaso, vendado? Tem que adivinhar a marca do vinho?
Vamos então explicar, para desmistificar, e desmitificar. A degustação às cegas é um processo de avaliação onde se verificam as qualidades intrínsecas do vinho e, a partir do resultado da avaliação, atribui-se um juízo (pontuação ou medalha, geralmente) acerca de sua qualidade/tipicidade, visando a tutela da imagem de um produto/região perante o consumidor.
Em poucas palavras, um painel de juízes (de conhecimento comprovado e documentado) é convocado para avaliar uma serie de amostras de vinho, das quais ignoram marca, preço e produtor, estando assim livres de influencias e/ou pressões externas . Os vinhos são servidos, “às cegas”, ou seja, em garrafas cobertas com algum material que as torne absolutamente anônimas, divididos por categorias, tal que os Cabernet Sauvignon sejam avaliados apenas com outros Cabernet Sauvignon , os Merlot entre si e assim por diante.
Os juízes preenchem uma ficha de avaliação onde são analisados vários aspectos destas amostras, a partir de uma verificação visual, olfativa e gustativas atribuindo pontuações que, geralmente variam de 0 a 100. Os melhores vinhos são aqueles cuja pontuação fica acima de 82/100, os excepcionais acima de 90/100.
Já dissemos que a função da degustação as cegas é avaliar o vinho, mas porque é necessário submetê-lo a tal prova? Nas regiões a Denominação de Origem Controlada, um dos requisitos obrigatórios para que determinado vinho possa ostentar o nome da DOC no rotulo, passa justamente através de uma avaliação as cegas onde é verificada sua tipicidade, que deverá estar alinhada com as características daquela região especifica.
Outra situação em que o vinho é submetido à avaliação as cegas é quando, nas premiações que ocorrem no âmbito dos concursos internacionais, são eleitos os melhores rótulos; lembrando que um bom desempenho em algum desses concursos pode fazer a fortuna (ou a ruína) de um produtor.




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