Nessa safra foi inaugurada uma máquina recém chegada da região de Champagne, uma prensa pneumática onde a uva entra inteira, sem passar antes pela desengaçadeira, de modo a evitar qualquer risco de amassar involuntariamente os bagos e desencadear uma degradação pela ação do oxigênio, que pode resultar num vinho com desequilibro de acidez e amargor excessivo.
Nessa espécie de balão que aparece na foto acima, é contido azoto, um gás inerte cujo contato com o mosto não provoca aceleração na fermentação, o azoto substitui o oxigenio dentro da prensa durante a movimentação.
A função da prensa (na foto acima) consiste em separar os bagos da uva do talo e prensá-los em seguida, após a prensagem o mosto fica na prensa, que funciona em rotação mínima, durante toda a noite, em contato com as cascas e na presença do azoto, em lugar do oxigênio que, como disse antes, poderia antecipar o processo de fermentação alterando a pureza do mosto.
Logo na manhã sucessiva o líquido é transferido, sempre na ausência de oxigênio, para os tanques de aço inox (foto abaixo), onde fermentará em baixas temperaturas por algumas semanas.
Toda a produção de espumante da vinícola esse ano vai passar através dessa prensa super-moderna, o objetivo do Daniel Dellavalle, o enólogo responsável, é conseguir produzir no Vale dos Vinhedos espumantes que não corram o risco de fazer feio diante dos Champagnes e dos grandes espumantes do mundo todo, esse é o desafio da Casa Valduga.
Eu fico na torcida que possa dar certo, se depender da garra deles o resultado está garantido.
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