sexta-feira, 7 de outubro de 2011

FRANÇA - ITÁLIA: 49 a 43



Não se trata de um jogo de basquete, apesar do placar parecido, mas da "surra" enológica que os primos franceses aplicaram na Itália alcançando, com esse resultado (em milhões de hectolitros), o primeiro lugar no ranking dos maiores produtores de vinho, lugar que, por um tempo foi ocupado pela Itália.


O que aconteceu foi que o pais Cisalpino (do lado Sul dos Alpes), sofreu as condições climáticas anômalas que se sucederam durante o verão de 2011, com seca e escassez de chuva por toda península, situação que diminuiu drasticamente a produtividade, a pesar de permitir, aqui e ali, matéria prima com elevado teor de açúcar e alta concentração de polifenóis, promessa para vinho de grande estrutura e teor alcoólico médio mais alto; pelo menos esse é sinal confortante de qualidade.


A pergunta é, bastará isso para compensar os italianos da "surra produtiva" que os primos Transalpinos (do lado Norte dos Alpes), aplicaram, sem dó nem piedade? A França de fato não sofreu nenhuma anomalia climática durante o verão de 2011, conseguindo uma colheita com aumento estimado em torno de 8% com relação ao ano passado, chegando assim a excepcionais 49 milhões de hectolitros.

Para se ter uma ideia do tamanho da contração da produção italiana, basta pensar que em termos percentuais os atuais 42,26 milhões de hectolitros de 2011, representam uma queda de mais de 10% quando comparados à 2010, estabelecendo assim um recorde negativo que não era alcançado desde 1954, ultima vez que a produção italiana desceu abaixo de 43 milhões.

Pequena revanche poderá ser conseguida com as exportações, onde a Itália tem condições de conseguir seu recorde absoluto, superando os 4 bilhões de Euro de venda para o exterior, mais da metade do total do mercado.

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